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Para quem não sabe, Braga é (ou era) conhecida, pejorativamente, como a cidade dos três pês. Em tom de sarcasmo e de desafio, a Câmara Municipal e a zet gallery criaram o Festival TRÊSPÊ, “uma nova marca da vanguarda artística”, anunciam, onde a performance, o património e a paisagem são as estrelas. O festival começa no dia 2 e estende-se ao longo de três fins-de-semana até dia 19 de Junho.
Com o objectivo de afirmar a cidade “como um território de incentivo à criação artística original no campo de trabalho expandido da performance”, vão contar com três colectivos de artistas — Banquete, Demo e Urge —, que irão apresentar um projecto site specific numa unidade patrimonial (arqueológica, museológica, religiosa ou outra).
“Não é apenas um evento, mas o início da criação de uma nova marca para a cidade, para que esta seja, ainda mais, cosmopolita, afirmando-se como um território privilegiado para a criação artística contemporânea e de vanguarda em diferentes áreas, onde se inclui a performance! Queremos algo novo e que fique na cidade”, diz Helena Mendes Pereira, directora da zet gallery, em comunicado enviado às redacções.
Os colectivos farão ainda espectáculos/projectos distribuídos por espaços como a Biblioteca Pública de Braga, as Sete Fontes e o Parque das Camélias, aos quais se seguirá uma conversa com o público. O Banquete actuará às quintas-feiras, enquanto Demo e Urge animam as sextas-feiras, sábados e domingos. O objectivo destas conversas é “estabelecer proximidade entre os artistas e os públicos, promovendo práticas concretas de educação e mediação cultural”, diz a directora.
Este festival sem cadeiras, onde o público é convidado a levar a sua manta, pufe ou banco, “relacionando-se com o património através do corpo”, tem início no dia 2 às 19.00, na Biblioteca Pública de Braga.