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Trinta anos a meter água: o Parque Aquático de Amarante está de parabéns e tem novas diversões

O Monster Lotus, com 135 metros de comprimento, e o Vertigem, que proporciona uma experiência em queda livre a alta velocidade, são as duas grandes novidades desta temporada.

Mariana Morais Pinheiro
Directora Adjunta, Porto
Parque Aquático de Amarante
©DRParque Aquático de Amarante
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Uma leve brisa agita as copas das árvores e causa arrepios na pele molhada. Nada que esmoreça a excitação das crianças e jovens que correm de um lado para o outro, com um bronzeado fresco debaixo de uma camada de protector solar espalhado à pressa. Saltam incansáveis entre piscinas e escorregas, e carregam descalços bóias de três lugares escadaria acima, para se lançarem num grande frenesim através de um tubo, com curvas e contracurvas, com mais de 130 metros de comprimento. Os gritos de entusiasmo são a banda sonora que ressoa pelas encostas da Serra de São Jorge, que alberga o rio Tâmega, que corre ali mesmo ao lado, e são casa, há 30 anos, do Parque Aquático de Amarante, o maior parque aquático de montanha da Península Ibérica.

O Monster Lotus, com 135 metros de comprimento e o maior escorrega do recinto, e o Vertigem, que através dos seus 15 metros de altura proporciona uma experiência em queda livre a alta velocidade, são as duas grandes novidades de assinatura desta temporada, que juntam filas e somam risinhos nervosos junto dos adolescentes que aguardam impacientes pela sua vez. 

“O parque é um dos mais antigos do país, senão o mais antigo, o que faz de nós uma referência”, começa por explicar Hélder Silva, director-geral. “Este ano, pelo nosso aniversário, decidimos fazer obras de expansão, tal como temos vindo a fazer nos últimos anos. Fizemos dois novos escorregas e criamos novas zonas de lazer e restauração, o que nos permitiu aumentar a capacidade do parque para quase 3 mil pessoas”, acrescenta.

Mas as novidades não se ficam por ai. Com um investimento de dois milhões de euros, aumentaram também as áreas verdes do espaço, por onde agora se estendem toalhas, espreguiçadeiras e guarda-sóis; há uma nova zona de solário; e mais espaços de restauração, com ofertas para todos, que vão dos hambúrgueres aos pratos de arroz de pato, passando por fatias de pizza, massas, cachorros quentes e sandes. Tudo devorado com a pressa e a sofreguidão que um dia de piscina proporciona. 

Diversões, Parque Aquático, Amarante
©DRParque Aquático de Amarante

Três mil visitantes por dia, em mais de 20 atracções

Na época alta (o parque abre entre Maio e Setembro), o número médio diário de visitantes chega aos 3 mil, podendo atingir a marca das 220 mil pessoas por ano. Estas distribuem-se pelas 20 atracções e pelas sete piscinas espalhadas pelo complexo aquático. O Aquatube, o Space Hole e o Compact Slide, por exemplo, são três escorregas com 95, 64 e 94 metros, respectivamente. O Fast Mountain é um tubo escuro que desagua numa piscina com uma vista irrepreensível; e o Turbolance, com subidas e descidas de alucinar e muitas voltas e reviravoltas não é para fracos de estômago. Mas há muito mais para explorar pelos 44 mil metros quadrados do espaço, com diversões para todas as idades, desde pistas rápidas e múltiplas, à piscina de ondas com festas de espuma, passando ainda por um circuito pelo rio lento, mesmo ao lado.

Mas se acha extenuante embarcar numa destas diversões, experimente tentar manter os mais pequenos num sítio só, tal é a vontade de saltitar e chapinhar nas muitas diversões pensadas especialmente para eles. O Aquaspray, por exemplo, é perfeito para os manter entretidos entre jactos de água e chuveirinhos coloridos. O 4Slide é um escorrega com uma cascata e quatro rampas; o Sapo, no meio de uma piscina, tem, na verdade, um escorrega na sua língua; e a piscina infantil junta jactos de água, escorregas e cogumelos que libertam água. 

Se quiser um pouco de paz e sossego, também o encontra. A Piscina de Cascata, com uma cascata em pedra e jactos de água com boa pressão, fica numa área mais recatada do parque e promete entretenimento para toda a família.

Parque Aquático de Amarante
©DRParque Aquático de Amarante

A responsabilidade social, ambiental e económica

O lema do parque assenta “em três pilares que para nós são fundamentais”, afirma Hélder. “Responsabilidade social, ambiental e económica”. E dentro da questão ambiental orgulham-se de ter um papel bastante activo. “Queremos reduzir ao máximo a nossa pegada, garantir que o nosso impacto ambiental é o mais reduzido possível. E isso passa não só pelo enquadramento do parque neste lugar, no meio da natureza, mas também, por exemplo, em relação ao consumo de água de uma forma consciente”. 

Para que isto seja possível (o consumo diário do parque é de 300 metros cúbicos), o Parque Aquático de Amarante tem a sua própria estação de tratamento de água, água essa que vão buscar ao rio Tâmega. “Os nossos equipamentos de tratamento de água têm um papel fundamental. Quanto melhor estiver a nossa água, menos água teremos de repor”. Além deste método, há muitos outros, garante o director. Escorregas com saídas secas, ou seja, em vez de tanques de água há rampas com 30 ou 40 centímetros de altura de água; saídas de escorregas mais eficientes, que evitam o splash; e redutores de caudal em banhos e chuveiros, por exemplo, ajudam nesse processo.

“E depois há todas as outras medidas mais caseiras que também têm a sua importância. Incentivamos o staff a partilhar boleias e os visitantes a virem de transporte público”. E a fazer reciclagem, uma vez que não faltam contentores espalhados pelo parque. Quanto à responsabilidade social e económica, as duas andam de mãos dadas – investem, sobretudo, em fornecedores e mão-de-obra local. “O parque é um grande motor da economia local”, realça Hélder. Até mesmo quando ele está fechado nos meses de Inverno.

Parque Aquático de Amarante
©DRParque Aquático de Amarante

Se quiser descansar ou deixar a diversão para o dia seguinte, o Parque Aquático de Amarante tem nas suas imediações alojamentos disponíveis durante todo o ano, ideais para uma escapadinha. A Aldeia do Tâmega está inserida no resort turístico da RTA – Rio Tâmega Turismo e Recreio, da qual o parque aquático também faz parte, e é constituída por 14 casas de granito, com tipologias que variam entre o T0 e o T2, equipadas com kitchenette e com capacidade até cinco pessoas (os preços começam nos 65€ na época alta). Se o tempo estiver de feição, nas pausas entre mergulhos vá dar uns passeios a pé ou de bicicleta pelos passadiços e ciclovias circundantes. 

Rua do Tâmega. 255 410 040. Preços: a partir de 14,95€ (online). Crianças até aos 4 anos não pagam

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