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Tem mais de 100 anos, 31 metros de altura, 29 metros de diâmetro médio da copa e 7,75 metros de perímetro na base. Tem ramos que tocam no chão e outros que se elevam aos céus. O tulipeiro-da-virgínia que se encontra nos jardins do Palacete do Visconde de Villar de Allen é uma das mais belas e monumentais árvores do Porto e está agora classificada de "interesse público".
Na sequência de um requerimento da Câmara do Porto para a classificação deste exemplar da espécie Liriodendron tulipifera L., o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) atribuiu protecção legal à árvore “pelo seu porte, desenho e particular significado paisagístico”, anuncia a autarquia. Descrevendo este exemplar como “uma árvore imponente”, o ICNF destaca a sua “monumentalidade”. “Apresenta uma arquitectura natural e equilibrada, uma copa frondosa e com a singularidade de alguns dos seus ramos inferiores penderem até ao solo e aí apresentarem um desenvolvimento horizontal”, nota o despacho.
“Apresenta elevado valor visual pela sua dimensão, forma e invulgaridade das suas folhas e flores e adiciona valor cénico ao jardim e ao Palacete do Visconde de Villar de Allen, cumprindo-se o parâmetro de apreciação e valorização estética do espaço envolvente e dos seus elementos naturais e arquitectónicos”, acrescenta o documento, salientando o “bom estado vegetativo e sanitário” da árvore.
O ICNF determina que a zona geral de protecção desta árvore seja ampliada, “excepcionalmente, com um raio de 25 metros a contar da base do exemplar classificado, atendendo às suas dimensões e localização”. A classificação de interesse público deste tulipeiro-da-virgínia torna proibida qualquer operação que possa causar dano, mutile, deteriore ou prejudique o seu estado vegetativo, nomeadamente “o corte do tronco, ramos ou raízes”, assim como “a remoção de terras ou outro tipo de escavações na zona geral de protecção”.
A Casa Allen, actualmente pertencente à Direcção Regional de Cultura do Norte, foi mandada construir, nos últimos anos da década de 1920, pelo 3.º Visconde de Villar d’Allen. O projecto para a casa de habitação de Joaquim Ayres de Gouveia Allen foi concebido pelo arquitecto José Marques da Silva. Mais recentemente, em 1991, foi construída, com projecto de Eduardo Souto Moura, a Casa das Artes, que alberga exposições e sessões do Cineclube do Porto.
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