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Adelaide Cabete, Domitila de Carvalho, Carolina Beatriz Ângelo, Matilde Bensaúde, Branca Edmée Marques, Cesina Bermudes, Lídia Salgueiro, Maria de Lurdes Pintasilgo, Odete Ferreira, Leopoldina Ferreira Paulo, Virgínia Moura e Isolina Borges têm três características comuns: todas são mulheres, portuguesas e, de uma forma ou de outra, marcaram as ciências. O legado que deixaram, contudo, é muitas vezes esquecido. A Universidade do Porto sabe-o e, por isso, está a promover E contudo, elas movem-se! Mulheres e ciência, uma exposição que pretende recordá-lo.
A mostra, além de contar a história destas mulheres, fala sobre o “gesto de rebeldia que foi desafiarem e ultrapassarem os limites culturalmente associados ao seu sexo”, ao mesmo tempo que sublinha os obstáculos que precisaram de superar “para serem admitidas e (re)conhecidas no contexto académico e profissional”, adianta a organização. No fundo, trata-se de mostrar como, “apesar de tudo e contra tudo, as mulheres, muitas vezes, se moveram. E afinal, com elas, também o mundo”.
Para (re)descobrir há, por exemplo, o facto de Domitila de Carvalho ter sido a primeira mulher a frequentar a Universidade de Coimbra, a primeira portuguesa a leccionar Matemática e uma das três primeiras deputadas na Assembleia Nacional; e de Matilde Bensaúde ter alcançado o reconhecimento internacional pela descoberta do heterotalismo, um modo de reprodução sexual de algumas espécies de fungos. Quer saber mais? Dirija-se à Reitoria da Universidade onde pode ver a exposição gratuitamente até 29 de Outubro.
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