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“Há uma história que tem de ser contada e que tem ligações a todo o concelho. Aos moinhos, ao comércio do pão, às histórias, às pessoas, às famílias, à Igreja Matriz”. É assim que José Manuel Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Valongo, justifica a criação da Oficina de Promoção da Regueifa e do Biscoito, já em construção.
Vai ter lugar num antigo quartel dos bombeiros, que também foi o primeiro cinema de Valongo, e divide-se em três pisos. Mas vamos por partes. No primeiro conte com um espaço expositivo, designado Do Grão ao Pão, onde estão peças e artefactos ligados à panificação e conteúdos multimédia que explicam todo o processo, desde a agricultura à confecção dos produtos finais nas fábricas.
Se subir ao piso seguinte, vai ter de pôr as mãos na massa, não fosse este um espaço dedicado ao saber fazer. Workshops de biscoitos, acções de formação de cake design e oficinas de pintura de sacos de pão são algumas das actividades pensadas. Vai encontrar ainda um centro de documentação e uma área expositiva “com referência às questões do património imaterial”. Exemplos? A Feira da Regueifa e do Biscoito, uma festa da cidade, o pudim de pão ou a sopa seca.
Quando a fome apertar, é ao último piso que deve dirigir-se porque é lá que vai ser construído um espaço de restauração, com a colaboração de chefs de cozinha que vão criar pratos a pensar na gastronomia da região (sim, inclui pão e biscoitos).
Tudo isto para “afirmar esta comunidade como um território com bilhete de identidade próprio”, explica José Manuel Ribeiro. Afinal, “os efeitos positivos do boom turístico na área metropolitana não se podem limitar à cidade do Porto”, conclui.
Agora que já conhece os cantos à casa, vamos aos números. Dois milhões e meio de euros é o valor do investimento, sendo que 85% vem de fundos comunitários. Esperam-se 100 mil visitantes por ano. A data de abertura ainda não está definida, mas a promessa é de que a inauguração aconteça ainda no próximo ano. Até lá, vá ganhando apetite.