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“Vizinho Amigo” está de volta para prestar ajuda aos grupos de risco

A iniciativa, que surgiu em Março, volta a aparecer perante o recente aumento de casos de infecção por vírus da Covid-19.

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
Vizinho Amigo
Vizinho Amigo
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O movimento “Vizinho Amigo” está de volta para ajudar mais uma vez aqueles que estão inseridos em grupos de risco. Além de um novo site, que permite aceder a informações sobre o projecto, fazer parte da solução ou mesmo pedir ajuda, foi também criada a “Comunidade Vizinho Amigo”, um grupo de Facebook cujo objectivo é permitir a comunicação entre voluntários e incentivar a discussão de ideias e ferramentas essenciais para que a iniciativa possa crescer.

A principal missão é promover o voluntariado por parte das faixas etárias mais novas através da prestação de auxílio em vários serviços, como por exemplo, as compras de mercearia e farmácia e posterior entrega nas casas de quem mais precisa, dentro da sua área de residência. “No final de Agosto, início de Setembro, havia um número muito elevado de casos. Foi aí que começámos a antever o pior. O facto de haver uma parte da população que pode ter consequências mais graves se tiver contacto com o vírus, faz com que estas pessoas tenham de ter cuidados redobrados. É aí que nós entramos”, esclarece em comunicado Martim Ferreira, líder do movimento, criado por um grupo de jovens.

“Num inverno extremamente rigoroso, a situação vai ser ainda mais grave. Os Vizinhos Amigos vêm impedir que estas pessoas saiam e corram o risco de serem contaminadas num local público, com consequências que podiam ser devastadoras para as mesmas.”

Martim Ferreira acrescenta ainda que a missão deste movimento não se limita a ajudar em tarefas: “Com a pandemia, muitas pessoas, especialmente idosos, ficaram sozinhas. Numa altura em que a saúde mental é tão importante, os nossos voluntários têm um papel essencial. Temos Vizinhos Amigos que ficam 40 a 50 minutos ao telemóvel porque as pessoas lhes ligam só para ter uma conversa. Se estamos a tentar lutar contra a doença, não podemos morrer da cura. É por isso é que este papel de acompanhamento é tão importante.”

Para se juntar ao movimento, basta preencher este formulário de inscrição na bolsa de voluntariado ou, se não tiver tempo para doar, pode sempre fazer um donativo, a partir de 1€. Caso pertença a um grupo de risco ou conheça alguém que precise de uma rede de apoio, existe também um formulário para pedidos de ajuda.

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