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O que separa o homem de um andróide? Nos novos episódios de Westworld parece tudo a mesma coisa. Rodrigo Santoro contou-nos que talvez seja mesmo assim.
Ficou longe do fenómeno que em 2016 se antecipava, mas não deixou de conquistar a sua legião de fãs. A cada dois anos, chega uma nova temporada de Westworld e todo um novo rol de teorias sobre o mundo criado por Jonathan Nolan e Lisa Joy. À terceira temporada, tudo parece diferente, mas o conflito entre andróides e humanos ganha força, num mundo diferente, um novo parque temático. Confuso? É assim esta série, que tem somado dezenas de nomeações para Emmys e Globos de Ouro. Rodrigo Santoro que o diga.
“Não conhecia o personagem, só tinha uma sinopse, uma ideia do que ia fazer. E quanto mais eu perguntava, menos sabia. Aí parei de perguntar”, contou-nos o actor brasileiro quando passou por Lisboa em 2019 para o lançamento da HBO. Sentado com jornalistas, teve até dificuldades em levar a conversa a bom porto. “Eles não me deixam falar”, disse várias vezes, nada adiantando sobre os oito novos episódios.
A grande novidade da terceira temporada é a entrada de novos actores, com especial destaque para Aaron Paul, o Jesse Pinkman de Breaking Bad. Mas há também Vincent Cassel, Lena Waithe ou John Gallagher Jr.
“Sou muito sortudo nas minhas parcerias. Eu sempre tenho actores incríveis ao meu lado e com quem me dou bem. Como esse é um trabalho longo, é sempre importante”, contava então o actor, para quem Westworld não é uma série futurista. “O que estamos discutindo é o que está acontecendo agora.”
Santoro não é alarmista, mas garante que a série o deixou a olhar de outra forma para a tecnologia e a inteligência artificial. “O mais interessante para mim é [tentar perceber] onde está a linha que divide o que nós criamos, a máquina, e o humano. Quem é que está contando a história? Até que ponto os andróides devem ter os mesmos direitos dos humanos? É muito interessante.”
HBO (estreia T3).