A grande aposta da casa é no arroz de tomate. A dose vale 2,50€ e pode haver reforços a custo zero, o que é um excelente negócio para o cliente. Os bagos vêm malandrinhos, ainda rijos, envolvidos num caldo com troços de pimentos, tomates e aipo, uma originalidade boa. Pena usar-se arroz agulha e não o carolino, mais gordo e saboroso.
De resto, a carta está organizada com acompanhamentos ao arroz, onde há clara predominância de fritos. Provaram-se umas chamuças destinadas a papilas ocidentais (4€), sardinhas pequenas (4€), ovos verdes (3,50€, a gema amarelinha, o que é cada vez mais raro, bom sinal) e trouxas de empadão (4,50€), também fritas, que ganharam o prémio cena-mais-louca-do-menu. Nada a pingar óleo, ainda assim.
Nas sobremesas, aplausos para o regresso do doce da casa (3,50€) que enchia as ementas dos restaurantes por esse país fora nos anos 90, ou seja, antes do doce da casa ser cheesecake. Refiro-me àquela taça de leite condensado com bolacha e natas – no caso, com a originalidade de a bolacha Maria vir no fundo e em forma de bolo de bolacha, embebida em café. O prémio cena-mais-louca-do-menu-modo-sobremesa vai para a mousse com suspiro (3,50€), que é assim como se juntássemos açúcar ao mel.
Sobre o espaço, a primeira sensação quando entramos é a de estarmos numa sala de eventos. A sala é enorme e meio despida, com umas estantes sem jeito e outros penduricalhos só a fingir que decoram. Serviço simpático, preços razoáveis.
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.