A decoração do espaço dita um tom industrial-amazónico. Estruturas em metal guardam uma garrafeira com cerca de 70 referências de vinho — predominam aqui vinhos de pequenos produtores, sobretudo orgânicos e frescos, com pouca intervenção humana e alguns de séries limitadas, dos quais só se produzem cerca de 2000 ou 2500 garrafas — e as muitas plantas de folhas largas e viçosas, troncos de árvores incrustados nas paredes de pedra e candeeiros de palhinha, que aquecem o ambiente com as suas cores quentes, dão-lhe um lado mais exótico e tropical. Mas são as garrafas de vidro transparente sobre as mesas que nos levam de volta à beira-mar.
Dentro delas há areia e seixos da praia e um menu enrolado no gargalo, como se de uma mensagem à deriva ou de um mapa do tesouro se tratasse. Robalo com ananás, limão e um toque de Malibu; tarteletes de cavala fumada com tártaro de beterraba e creme de rábano (11,50) ou arroz do mar com cantarilho ao vapor, sapateira, lingueirão, ouriço-do-mar, berbigão, vários tipos de alga e espuma de sapateira a fazer lembrar a espuma das ondas, são alguns dos pratos a saber a mar que vai poder provar por aqui.