– De que é feito o pão?
– De cereais – responde o empregado.
Já conhecia a versão sopa, habitual nas tascas. (“De que é a sopa?”. “De legumes.”). Sucede que a Galeria do Largo é um restaurante com preços puxadotes, guardanapos de pano e quadros com pessoas antigas e importantes nas paredes (tendência? Ali ao lado a Cantina 32 também os tem), que certamente não se contentariam com a resposta.
O efeito teria sido atenuado fosse a comida superior. Mas não aconteceu. Em causa estava um pão de mistura de trigo e centeio, razoável, acompanhado de um pratinho de azeite e balsâmico, razoável, que abriu um almoço... razoável.
Senão, vejamos.
Para entrada, fazendo parte do menu executivo do dia, veio uma salsicha (de boa qualidade) com salada de batatas (farinhentas), mostarda de Dijon e um puré de beterraba. Razoável.
Prato principal: bacalhau à Braga. As mesmas batatas farinhentas às rodelas, excelente o polme e fritura do bacalhau, suculento por dentro e crocante por fora, uma tristeza as azeitonas oxidadas e descaroçadas. Resultado: razoável. Por fim, a sobremesa: profiteroles de chocolate com creme de pasteleiro e chantilly. Bonito o conjunto, o sabor pareceu demasiado industrial.
Preço, razoável (18€, com copo de vinho). Nota final, razoável.
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.