Em 2019, Ricardo Dias Ferreira abria o Elemento, o primeiro restaurante em Portugal a utilizar apenas lenha e brasa para cozinhar. Quatro anos depois, o chef subiu a parada e inaugurou nas Antas um fine dining (ou fire dining, se preferir) que é a evolução do primeiro.
“O Gastro é uma evolução do Elemento. Segue uma linha mais de fine dining, com o foco no fogo, e tem uma disponibilidade diferente. Aqui, o objectivo é que o cliente desfrute do espaço e da experiência com tempo e tenha mais contacto com os cozinheiros. No Elemento rodamos a sala, aqui não. Entras às 19.00 e sais às 23.00, se for caso disso”, explica Ricardo, que já passou pelas cozinhas do Midori e do Arola, no Penha Longa, em Sintra; fez a abertura do The Yeatman, em Vila Nova de Gaia; e trabalhou com Martin Berasategui, com três estrelas Michelin, em San Sebastian, antes de regressar a Portugal depois de sete anos na Austrália.
O menu de degustação, sazonal e com ingredientes portugueses e de proximidade – os espargos são de Guimarães, a lula é dos Açores, as amêijoas chegam da Ria Formosa e o peixe é pescado a anzol –, custa 85€ e a harmonização acresce 55€ por pessoa. E a sustentabilidade é bandeira por aqui. Só para ficar com uma ideia “o salmonete é usado a 100%. Com a cabeça e as entranhas fazemos o molho e fritamos as escamas que colocamos em cima do peixe no prato”. E que bem que lá ficam.