Ir ao Kardoso e não comer uma das suas várias versões de francesinha é como ir ao Dragão e não ver o Papa. Perdão, a Roma. O atual proprietário, ex-Yuko e Paparico, criou há cerca de um ano uma casa com um conceito similar.
Ambiente escuro, rústico, algo démodé e com espaço para cerca de 30 comensais. Petiscos, conservas e menos de meia dúzia de pratos de comida a sério.
Experimentámos a Merkel Frita (6€), aqui fomos nós a fazer-lhe a cama. Salsicha alemã grossa em rodelas finas, passadas na frigideira e com ligeiro sabor a mostarda Savora, acompanhada de excelente pão. As Costelinhas à Moda da Minha Mulher (9.9€) vieram carnudas, marcadas pela vinha de alhos, com um arroz carolino servido em panela elétrica japonesa. Tem a vantagem de manter o arroz quente e a desvantagem de esteticamente não fazer sentido.
As costelinhas estavam suculentas e boas para comer à mão. Nas sobremesas, a Cavaca de Resende mostrou alto nível. Foi servida diretamente da caixa de origem, fresquinha, ainda como ‘’pão-de-ló’’ húmido. No final, um upgrade: regou-se com um Tawny 10 anos da Messias. Valeu a pena.
Este Kardoso tem uma onda especial. Não tendo pretensões, mostrou boas alternativas às francesinhas, para petiscar e partilhar. Uma refeição com água e café rondou os 20€ por pessoa.
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.