Espero não me arrepender amargamente daquilo que vou dizer, mas aqui vai: enquanto abrirem hamburguerias com a qualidade do Peebz no Porto, a praga dos hambúrgueres pode continuar a atacar as ruas da cidade. Vou mais longe: se este simpático restaurante da Foz se quiser expandir para o centro da cidade eu vou lá, de propósito, recebê-lo de braços abertos. E comer, claro.
Há muito tempo que não provava um hambúrguer tão bom, com um equilíbrio tão certo entre um pão adocicado, carne de qualidade e ingredientes frescos. Até as batatas estavam no ponto: bem fritas, sem se sentir o óleo, crocantes, algumas ainda com casca nas pontas. Tanto as minhas, que tinham parmesão e azeite trufado e vinham numa dose bem generosa (tive vontade de pedir um doggy bag, mesmo para as comer depois já frias), como as da minha companhia, as convencionais.
Não fiz cerimónias e pedi aquele que me pareceu ser o hambúrguer mais completo, com carne de novilho muito saborosa (explicaram-me que usam três cortes), queijo cheddar, queijo da Serra, presunto, alface iceberg, cebola balsâmica e molho da casa. Uma torre de produtos que ainda assim permitiu comê-lo com as mãos, sentir a boa mistura dos queijos, a leveza do pão aparentado do brioche, a combinar bem com o molho. Provei também o do mês, com cebolada de alheira, chutney de maçã, queijo gouda marinado em azeite aromatizado com tomilho e malaguetas. Muito bom.
De sobremesa, uma mousse de chocolate com suspiros esmigalhados também agradável. E também é por isto, e pelo que paguei, 10€ por pessoa (com bebida, sobremesa e café) – e por só ter tido fome para jantar às 11 da noite – que desejo longa vida ao Peebz.
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.