Restaurante, Portarossa, Cozinha Italiana, Pizza
©João SaramagoPizza do Portarossa

Crítica

Portarossa

4/5 estrelas
  • Restaurantes | Italiano
  • preço 2 de 4
  • Foz
  • Recomendado
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A Time Out diz

O Corte Real, restaurante fozeiro de referência foi parar às mãos do empresário portuense Vasco Mourão, que já tinha no portefólio o Cafeína, um porto seguro, e o instável Terra. Nasceu assim o Portarossa, uma pizzaria refinada, para mais com alternativas belíssimas de comida a sério.

O espaço é perfeito. Temos esplanada exterior com uns excelentes aquecedores para os dias de frio, temos espaço para fumadores numa espécie de jardim de inverno, temos uma sala principal sem pretensiosismos, mas de muito bom gosto e muito bem frequentada, e temos um ótimo espaço para famílias e criançada aos fins-de-semana. Tudo no mesmo restaurante.

Quanto ao serviço, é simpático, descontraído e com bom sentido de humor, sem nunca perder o rumo do profissionalismo e da atenção aos clientes. Nota máxima.

Nas comidas, o couvert é composto por pelas usuais azeitonas com orégãos, azeite sem ser demasiado picante ou frutado, para aconchegar o bom pão ou grissinos, e umas tostas com pasta de azeitona.

Para entrada, experimentei s sertã com morcela, maçã e cebola, que estava deliciosa. Sabor a sangue com as gordurinhas do enchido a equilibrar a doçura da maçã e cebola estalada em lascas grossas. Os míscaros grelhados com rúcula e flor de sal a despertar o palato estavam de boa textura e sabor. Muito bom este começo.

Nas pizzas, provou-se a francesinha em massa de pizza (11€), ao estilo Luís Américo. A ideia era boa mas o efeito final desiludiu. A massa de pizza está longe de remeter para a francesinha tradicional, não bate a cara com a careta. Um prato de marketing puro.

Os gnocchiall’ arrabiata (12.50€) estavam brilhante, com o tomate desfeito no ponto e os coentros picados a completar o ramalhete. Simples e gostoso. O spaghetti nero com lulas salteadas (14.50€) com minúsculos pedaços de bacon crocante, com as lulinhas e coentros a dar frescura. Prato cheio de sabor, um prazer.

O bife picado em crosta de massa de pizza (12.50€) estava muito bom. Uma espécie de hamburger suculento em ponto médio, envolvido em courgette e tomate com massa de pizza. Acompanhou com salada de alface, rúcula, cebola roxa e lascas de parmesão.

Aos sábados e domingos há cabrito em forno a lenha (14.50€). Batatas muito bem assadas, nabiças pouco cozidas e salteadas, como eu gosto, e o cabrito grande demais, como eu não gosto (com os cabritinhos de Armamar no Mercado do Bolhão é escusado comprar exemplares tão grandes). Mesmo assim, e embora a precisar de mais tempero, nota muito positiva ao crocante, com arroz a imitar o de forno e o chouriço a saber a azeite e cebola.

Nas sobremesas, experimentei a tarte merengada de limão (4€). O suspiro estava estaladiço e o subpiso condensado um primor.

Este Portarossa está a precisar apenas de algumas correções, algumas caricatas, como a da altura do urinol da casa de banho (ou um indivíduo mede mais de 1,70m ou é melhor levar um banquinho de casa para lá chegar).

De resto, é um restaurante queque mas relaxado, com comida de que é difícil não gostar e serviço impecável.

Não é barato, mas vale os 25€ por pessoa que se pagam. É bom estar no Portarossa!

*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.

Detalhes

Endereço
Rua Côrte Real, 289
Porto
4150-235
Preço
Até 30€
Horário
Dom-Qui 12.30-15.30 e 19.30-00.30, Sex-Sáb 12.30-15.30 e 19.30-01.30
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