Devo começar por dizer que não fui pela primeira vez à República dos Cachorros para escrever estas linhas. Sou um cliente habitual da casa. Habitual e habituado à correria dos empregados. Eficientes e rápidos, como se quer. Ora sempre que lá fui comi a mesma coisa: o tradicional cachorro. Salsicha fresca, linguiça, queijo, uma leve gordura amanteigada e molho picante, o pão estaladiço, cortado em bocadinhos. Divinal.
Bem sei que não foram os primeiros da cidade, que há outros muito bons, mas não vim para aqui entrar em discussões – sim, sim, sei que isto é tema para dar discussão. Até porque há mais na República dos Cachorros do que o tradicional cachorro. E isso só descobri quando me encomendaram esta visita. Há um cachorro especial [99% do que é “especial” nas ementas da cidade é porque leva molho de francesinha], com queijo derretido e um bom molho de francesinha. Há um prego no pão com fiambre e queijo que me fez ter saudades da era pré-bolo do caco. O bife era tenríssimo, mal passado e o pão (uma vianinha) ligava bem com a carne, o fiambre e o queijo. Mais um excelente snack. E há umas batatas fritas fora de série. Verdadeiras, pequeninas, fritas no ponto, gulosas, bem gulosas.
Por 7/8€ à cabeça, que é o que se paga com uns finos, esta república tem a fama justificada.
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.