Com a diversidade da Baixa, é fácil encontrar aquilo a que chamo (eu e outros quantos) de restaurantes-tipo. Tipo quê? Tipo bom para levar os amigos, tipo bom para impressionar uma miúda, tipo perfeito para comer até ficar sem fome, ideal para ir em dias de chuva, bom para ser bem tratado… e tudo o resto que quiserem categorizar. Do Size há a dizer que é o restaurante-tipo ideal para: 1)almoçar; 2) num sítio com luz; 3) ser bem servido; 4) comer rápido; 5) a preços da nova Baixa (ler carotes para a hora do almoço).
Pelo que conta o perfil do Facebook, há sempre dois pratos do dia, que mudam todas as semanas, além de servir todos os complementos que pede uma hora de almoço. Começo por eles. O pão de sementes, acabado de fazer e a cair bem com a pasta de azeitonas: a sopa de feijão verde, leve, com pouca batata, agradável, mas não memorável.
De seguida, os dois pratos do dia. Um bife de alcatra, naco alto, passado de mais para meu gosto e demasiado selado na crosta, com os cantos quase esturricados e com excesso de sal. Às batatas, grossas de mais, faltava sal. O arroz de polvo tinha um interessante sabor a funcho – e a própria planta -, vinha com pequenos pedaços do bicho e um arroz solto, mas molhado. Normal.
De sobremesa, um bolo de chocolate amargo, com excesso de tempo no forno.
Com água engarrafada – estranhamente, num sítio de serviço cinco estrelas, nunca perguntaram o que queríamos beber – e 26,50€ por duas pessoas, poderia estar um nível acima.
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.