Cabeleireiros
©Adam Winger
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Três novos (e arrojados) cabeleireiros no Porto que tem de conhecer

Seja para mudar de visual ou apenas cortar as pontas, aqui tem três novos (e arrojados) cabeleireiros no Porto que tem de conhecer

Mariana Morais Pinheiro
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Alguns parecem salas de estar, outros galerias de arte. Seja para mudar de visual ou apenas cortar as pontas, escolher um cabeleireiro nunca é só escolher um cabeleireiro (muitas vezes estabelecemos com quem nos corta o cabelo, relações mais longas do que muitos casamentos). Uma especialista em caracóis, um mestre da balayage e um colectivo onde cabem unhas, cabelos e tatuagens, que mora numa bonita casa junto ao Mercado do Bolhão, são alguns dos projectos, filhos da pandemia, dedicados ao cabelo que surgiram recentemente no Porto. Se está a pensar em refrescar o visual, informe-se e leia o que se segue.

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Três novos (e arrojados) cabeleireiros no Porto que tem de conhecer

Never Have Fun na Casa Furia

Apesar de o nome do projecto e a conta de Instagram indicarem o contrário — chama-se Never Have Fun (@neverhavefun)  — a verdade é que Natacha Cutler, de 32 anos, diverte-se à grande a fazer o que faz. “Já trabalho há dez anos como cabeleireira”, diz, fazendo as contas de cabeça. “Comecei em Lisboa, mas em 2019 vim para o Porto. Em Lisboa a competição era muita e o ambiente era muito pesado. E sempre que cá vinha sentia que havia espaço para mim e muita procura”. Especialista em cores, descoloração e cores fantasia — “coisas assim mais fora da caixa”, ri —, começou por trabalhar em casa, onde foi reunindo uma carteira de clientes, até que abriu com Isadora, uma colega nail artist, dona da Caliente Nails (@calientenails), um pequeno espaço na Rua do Rosário. Em finais de 2021 deram um salto de fé e inauguraram a Casa Fúria (@casa.furia), com vista para o Bolhão. “Até já parece um centro comercial”, brinca. “Na Casa Fúria eu trato dos cabelos, a Isadora das unhas e temos o Luís nas tatuagens (@vntihero). Nós somos os residentes, mas trabalhamos com convidados. Temos agora um artista de tooth gems, de brilhantes nos dentes, e uma cabeleireira, a Local Hair Fairy como é conhecida no Instagram, especialista em tranças afro”, enumera Natacha, para quem é importante valorizar as minorias e trazer o maior número de artistas a este seu espaço. “Trabalhei muitos anos em salões em Lisboa e percebi que isso não era para mim. Gosto de ter tempo para os clientes. Num salão, às vezes, é como estares a trabalhar numa fábrica. Aqui posso ficar oito horas com uma cliente, não se fazem as coisas a correr, logo, sai melhor”, remata.

Rua Formosa, 297, 2º frente. Marcações através dos Instagrams dos artistas.

  • Saúde e beleza
  • Baixa

A missão de Camila Vilhena Abrantes (na foto), brasileira de 37 anos e há quatro a viver em Portugal, é bonita e importante, sobretudo para a auto-estima de quem cruza a entrada do seu salão, aberto desde Outubro do ano passado, à procura da sua ajuda. “Além dos serviços normais de um salão de beleza, como corte, coloração e tratamento, o que nos diferencia é que somos um salão de cabelos naturais. Isto quer dizer que atendemos clientes com texturas de cabelos naturais, sem modificação química da sua textura, ou que estão em transição”, explica a dona, acrescentando que tentam ensinar as pessoas a tirar o melhor partido dos seus cabelos. “A gente tem uma cultura que obedece a um padrão de beleza que dita que as mulheres têm de ter o cabelo liso ou loiro, mas não muito loiro. E nós, aqui, tentamos quebrar esses padrões e mostrar para as mulheres que elas são bonitas tal como elas são. Esse é o cerne do The Curlies”, diz Camila, que sentiu na pele essa pressão imposta pela sociedade. “Este projecto nasceu da minha própria experiência. Passei por muitos anos de alisamento, desde criança até aos 30 anos. Até que me descobri. E é tão bonito quando nos descobrimos. Chega até a ser emocionante”. Neste seu espaço, junto ao Bolhão, não há brushing nem pranchas. Fazem antes um serviço de consultoria. “Queremos saber a história dessa mulher (as mulheres são o nosso público maioritário), indicamos qual o melhor corte para a textura do seu cabelo, ensinamos a tratar, aconselhamos os melhores produtos para determinado tipo de couro cabeludo, acompanhamos e ajudamos a pessoa nesse reconhecimento”.

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  • Saúde e beleza
  • Constituição

É certo que a pandemia mudou a vida de muito boa gente, mas Beethoven Medeiros, luso-brasileiro de 30 anos, não estava preparado para o que lhe aconteceu. A morar em Paris, onde trabalhava num salão de beleza exclusivo dentro do hotel Ritz, veio a Portugal renovar o cartão de cidadão e acabou cá retido à conta dos confinamentos. A dada altura começou a procurar um espaço para trabalhar e de zero clientes passou para 700 em cerca de ano e meio. Uma loucura. “Eu uso uma técnica muito específica, a balayage feita com as mãos livres, literalmente desenhada, com um acabamento mais refinado, para quem gosta de um cabelo mais natural. E aqui encontrei um público muito carente dessa atenção”, conta. A ideia de abrir um espaço surgiu há seis meses. “Queria uma coisa diferente, uma espécie de salão privado. Neste espaço não tenho a porta aberta ao público. Fazemos tudo por marcação e atendemos um máximo de três clientes por vez”, explica o cabeleireiro carioca que já viveu em Nova Iorque e na Argentina. Neste Labor B — Maison Crèative fazem cortes, tratamentos, terapia e reabilitação capilar, entre outros. “Nós somos visagistas. Fazemos um diagnóstico e damos um atendimento personalizado, ou seja, identificamos a cartela de cor que fica melhor na cliente, tentamos perceber qual a rotina de cuidado dela, falamos sempre uns 20 minutos antes de qualquer intervenção. E elas sentem-se acolhidas”. O espaço conta ainda com um bar, um jardim e serviço de maquilhagem que ensina a reproduzir o mesmo efeito em casa. “Não queremos que a cliente se sinta bonita só no salão. Queremos que ela se sinta bonita sempre”. 

Mais saúde e beleza

  • Saúde e beleza

É essencial tratar bem da pele, mas nos dias que correm isso pode não ser uma tarefa fácil. Para lhe dar uma ajuda, fomos pedir umas dicas à maquilhadora portuense Lucília Lara. Ela foi ainda mais longe e também nos fez uma lista de oito produtos para melhorar a sua rotina de beleza.

4 dicas para cuidar da pele:

Fazer uma limpeza de pele à noite, diariamente, é “obrigatório”. Apesar de estarmos em casa, a pele continua a acumular pó e sujidade. A recomendação da maquilhadora é que esta limpeza seja feita com água micelar. Aplique ainda água termal, que “refresca e tonifica” ao final do dia e “acorda a pele” pela manhã.

• Outra dica de Lucília Lara é que faça uma máscara facial uma vez por semana, mas alterne: uma vez faz uma de esfoliação e na semana seguinte uma de purificação e hidratação. Como é um tratamento de 20-30 minutos, Lucília sugere “aproveitar o tempo para relaxar e acalmar ansiedade.” Claro que também pode continuar a trabalhar – afinal, ninguém estará a ver.

• Comprar um derma-roller também é boa ideia: trata-se de um instrumento com micro agulhas, que ajuda à renovação da pele e estimula a produção de colagénio. “Faço este procedimento e depois aplico ampolas e/ou séruns”, explica.

• Hidratar as mãos também é essencial e a maquilhadora recomenda que tenha um creme na mesinha de cabeceira e o aplique em doses generosas à noite.

  • Compras
  • Estilo de vida

Bem sabemos que a barba comprida e bem cuidada está na moda. E que dá muito trabalhinho mantê-la bonita e viçosa. Prova disso são estas barbearias cheias de pinta, que juntam o clássico e o moderno, e tratam a sua barba e cabelo com carinho. Fomos conhecer os especialistas da tesoura e da navalha e fizemos esta lista com as melhores barbearias no Porto. Depois de estar pronto, não acabe a transformação de visual por aqui e faça compras em lojas online do Porto ou nas lojas vintage que vendem online

Recomendado: Dicas das melhores barbearias do Porto para esta quarentena

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  • Compras

Apesar de ser um clássico, o sabão azul e branco já lá vai. Hoje não faltam sabonetes artesanais que cheiram bem, fazem milagres à pele e alegram a vista. Alguns são tão bonitos que nem apetece tirar as embalagens, outros dão vontade de trincar. Estão são as marcas que nos enchem de orgulho. E de bom cheiro. Algumas centenárias, outras que nasceram há pouco tempo. 

Como os tempos não estão fáceis e o melhor é evitar sair de casa, escolhemos apenas marcas que vendem os seus produtos em lojas online. 

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