João Brites
Está há 30 anos nesta actividade e faz parte da equipa de Serralves desde 1998. Começou por ajudar alguns amigos, como Gerardo Burmester e Albuquerque Mendes, mas o passatempo acabou por se tornar modo de vida. Antes disso, trabalhou numa empresa de móveis e tratava das exposições nos tempos livres, numa época efervescente no campo artístico, ali pelas décadas de 80 e 90. Não tem dúvida de que para fazer bem este trabalho é preciso gostar de arte: “Aí vemos se a pessoa é adequada ou não. Há muita gente que não tem essa sensibilidade. Uma peça de luz pode ser só uma lâmpada que se muda quando se funde, mas essa lâmpada tem de ser tratada como se fosse de cristal ou a última no mundo.” Também não deixa de realçar que é preciso ter “paciência, muita paciência, porque alguns artistas são difíceis e nós temos de saber lidar com isso”. Mas no meio de tudo já houve alguns episódios curiosos, como aquele em que levou o norte- americano Mel Bochner à lota de Matosinhos.