Para tomar um café, beber uma cerveja, almoçar com os amigos ou jantar a dois, a cidade está bem servida de espaços onde dá vontade de passar o tempo. O problema é que quando chega o frio e a chuva ninguém quer estar numa esplanada a tremer enquanto se tenta controlar os talheres. Por isso, aqui tem as melhores esplanadas de Inverno no Porto. Vai encontrar locais com bebidas quentes e bons vinhos e outros que servem refeições reconfortantes, como se quer. Pegue nesta lista e ponha-se a caminho. E bom descanso.
Patos reais, tritões-de-ventre-laranja, sapos parteiros e salamandras. São estes os animais que, desde o início do ano, foram observados pela Lipor (empresa de gestão, tratamento e valorização de resíduos orgânicos) no rio Tinto, um pequeno curso de água que nasce em Ermesinde e desagua no Douro. Mas nem sempre foi assim, até porque, por ser um grande foco de poluição, foi considerado um dos piores da Área Metropolitana do Porto. O que significam estas observações? Diana Nicolau, técnica superior do departamento de Comunicação, Educação e Marketing da instituição, não tem dúvidas: “A qualidade do ecossistema está a melhorar.”
Para perceber como tudo isto acontece, é preciso recuar a 2015, ano em que o projecto de Valorização do Rio Tinto foi posto em marcha, com o desenvolvimento de um conjunto de infra-estruturas que tinha em vista aproximar esta massa de água da população. O objectivo era dar às pessoas a possibilidade de contactar com a natureza e os animais, para que pudessem perceber a importância de preservá-la.
Primeiro construiu-se um passadiço e, depois, seguiu-se um Trilho Ecológico, que pode ser usado para caminhadas ou corridas durante todo o ano, entre as 08.00 e as 20.00. Mais recentemente, em 2018, inaugurou-se um pequeno Centro de Interpretação Ambiental visitável, que permite descobrir um pouco mais sobre o trabalho da instituição.
Além da criação destas infra-estruturas, têm sido realizadas várias intervenções no leito e nas margens do rio, com recurso a técnicas de engenharia natural. Em 2015, foi ainda recriada a figura do “guarda-rios”, responsável por cadastrar e confirmar zonas de contaminação, monitorizar a evolução da qualidade da água e perceber intervenções necessárias para a recuperação do rio.
É Luís Ramos que faz este trabalho. Todos os dias percorre os 500 metros do troço de água e preenche um boletim com informações sobre a cor, o cheiro e a presença ou não de resíduos sólidos e espumas. Se for necessário, lança o alerta.
Além de tudo isto, neste momento está a ser construído um interceptor de esgotos, um projecto partilhado pelo Porto e por Gondomar, com um custo a rondar os nove milhões de euros e que deve ficar pronto entre Maio e Junho, segundo Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do Porto. As obras incluem a colocação do equipamento entre as estações de tratamento de águas residuais (ETAR) do Meiral e do Freixo, bem como a construção de 6,5 quilómetros de passadiço que vão ligar o Parque Oriental, em Campanhã, ao novo Parque Urbano de Rio Tinto, e que terá sítios de paragem para piqueniques.
Graças ao interceptor, as águas das ETAR vão deixar de ser vertidas neste rio – que tem pouco caudal, o que faz com que não tenha a capacidade de diluição que a água, apesar de tratada, precisa –, para passarem a ser vertidas directamente sobre o Douro, explicou o vice-presidente.