Praia Fluvial de Porto de Rei
©João SaramagoPraia Fluvial de Porto de Rei
©João Saramago

As melhores praias fluviais no Douro

Está mortinho por um mergulho? Rodeadas de bonitas paisagens e com boas infra-estruturas de apoio, aqui tem algumas das melhores praias fluviais no Douro.

Mariana Morais Pinheiro
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Se o mar não é a sua praia, o rio pode muito bem ser – e não faltam opções por estas bandas onde ir a banhos. As águas do Douro refrescam e tornam suportáveis os dias quentes de uma das mais belas regiões do mundo, considerada património mundial pela UNESCO, e são muitos os que optam por estender as toalhas e apanhar banhos de sol nas ruas margens. Com vistas de cortar a respiração para as vinhas em socalco e boas infra-estruturas de apoio, como guarda-sóis, casas de banho, bar, parque de merendas e de estacionamento, estas praias fluviais são óptimas escolhas na hora de refrescar o corpo e as ideias.

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As melhores praias fluviais no Douro

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A Praia Fluvial de Porto de Rei, em Resende, é uma das mais concorridas, sobretudo por famílias que procuram um sítio seguro onde deixar a criançada correr livremente e onde possam estender a toalha sem correr o risco de pisar a do vizinho. Equipada com uma piscina para quem prefere águas mais tranquilas, com um café para uma pausa e um parque de merendas para piqueniques, a praia de Porto de Rei proporciona-lhe ainda passeios de barco, se quiser dar umas voltinhas, e outras infra-estruturas para praticar desportos aquáticos e passar o tempo. 

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Também forte em actividades deste calibre é a Praia Fluvial de Bitetos, em Várzea do Douro, no concelho de Marco de Canaveses. Em tempos foi ponto de paragem dos barcos rabelos que seguiam para as caves de Vila Nova de Gaia, carregados de pipas de vinho do Porto. Hoje acolhe provas de canoagem, ski aquático e motonáutica. Vigiada por nadadores-salvadores nos meses quentes do ano, possui acessos para pessoas com mobilidade reduzida, além de parque de estacionamento, sanitários, chuveiros, ecopontos e um bar de apoio.

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A Ilha dos Amores, em Castelo de Paiva, como é conhecida pelos locais a Ilha do Castelo, é uma saliência no leito que emerge justamente onde o rio Paiva se une ao Douro. Com apenas 140 metros quadrados, ficou a descoberto por causa do desnivelamento das águas na construção da Barragem de Crestuma-Lever e só é possível chegar lá de barco ou de canoa (nas margens da Praia do Castelo haverá quem o possa levar). Associada a uma lenda que conta a história de um amor proibido, são muitos os que a procuram pela sua fotogenia, mas também pelas infra-estruturas que oferece, como a piscina, o bar e uma série de guarda-sóis em palhinha. 

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Localizada em Torre de Moncorvo, a cerca de 15 quilómetros de Vila Nova de Foz Côa, a Praia Fluvial Foz do Sabor fica mesmo na boca onde o rio Sabor desagua no Douro. As águas são calmas, graças ao imenso lençol de água que aqui se forma, tem sombras com fartura, um parque infantil, um parque de merendas e um cais para barcos, caso opte por se locomover desta forma. E olhe que vale mesmo a pena visitar esta aldeia piscatória, a última do género de Trás-os-Montes, com uma gastronomia rica onde os peixes do rio e as migas ganham grande destaque nos restaurantes locais.

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Para quem procura um pouco de paz e contemplação, a Praia da Congida, em Freixo de Espada à Cinta, pode ser uma boa opção. Com vista para os montes espanhóis, bandeira azul e piscina flutuante, está rodeada por um bosque de lódãos e instalada numa das encostas do Parque do Douro Internacional.

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A Praia Fluvial do Passadouro, na pequena vila de Vale de Mendiz, não é vigiada (tome atenção quando for a banhos), mas é propícia ao recato e à meditação. Se a fome apertar, há um parque de merendas com um espaço para fazer churrascos. 

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A Praia Fluvial da Rede, na freguesia de Vila Marim, em Mesão Frio, também não é vigiada, mas tem outras valências que a tornam bastante atractiva. A proximidade à estação de comboios da Rede, a bonita vista para as vinhas em socalco e as infra-estruturas de apoio — como a área de lazer, o parque de estacionamento, o cais/ancoradouro, o bar e o parque de merendas —, tornam-na num sucesso por estas bandas. Se quiser muito prolongar a sua estadia, há a possibilidade de acampar por aqui.

Mais coisas para fazer no Douro

Cabrito assado no forno a lenha, bochechas de porco bísaro, saladas de tomate coração de boi (quando é tempo dele), arroz de salpicão ou arroz de costela à lavrador, alheiras reinterpretadas à luz das novas tendências, tortas de laranja ou tartes de cereja de Resende. Do restaurante mais tradicional, onde se faz o mesmo prato da mesma forma há mais de 30 anos, ao espaço mais vanguardista, comandado por chefs com estrelas Michelin no currículo, a gastronomia duriense é rica e bem tratada. Andámos pela região vinhateira a meter a colher nos pratos dos melhores restaurantes, porque tão importante quanto os vinhos que aqui se fazem é a comida que os acompanha.

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É uma das melhores e mais acessíveis formas de conhecer o Douro. Começa-se na Estação de São Bento às 9.25 e vai-se avançando calmamente até à Estação do Tua, onde se chega quatro horas depois. Nesse trajecto, o interesse aumenta à medida que se passa do quintal à quinta, altura em que o relevo ganha formas diferentes e os socalcos começam a aparecer. É um percurso de encontros e desencontros com o Douro, que se faz colado à janela, de preferência com algum calor à mistura. Há conversas entre passageiros de diversas nacionalidades, mas também com os barcos do rio – estas últimas começam com os apitos do comboio e são continuadas pelos acenos dos passageiros.

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