O que diferencia esta marca das demais é que aqui todos os artigos são artesanais e inspirados em objectos bastante usados noutros tempos. Aliás, um dos grandes objectivos passa por “mostrar como é que esses produtos funcionavam antigamente e como podem funcionar nos dias de hoje”, explica Filipa. Consciencializar o consumidor para a importância dos materiais utilizados e mostrar que é bem melhor comprar produtos em madeira do que feitos de plástico é também uma das bandeiras da Mariamélia.
O projecto esteve então a fermentar durante quatro anos, até que em Outubro do ano passado a loja online foi oficialmente lançada. Filipa está agora sozinha ao leme, mas no website da marca ainda vai encontrar alguns trabalhos de Alexandra. A maioria das peças é criada em parceria com artesãos do Porto, como é o caso da Escovaria de Belomonte, e do Minho. Ocasionalmente, a marca colabora ainda com outros projectos que se dedicam a áreas como os têxteis e a cerâmica.
Os produtos à venda estão divididos em três categorias: cozinhar, estar e plantar. Na primeira encontra um avental de sarja e algodão (67€) e uma escova de cozinha (65€). Na segunda há almofadas (35€), uma manta feita com lã de ovelha da raça bordaleira Serra da Estrela (750€) e uma cadeira em vime (135€). Uma vassoura de palma (9€) e um vaso de germinação (5€) têm lugar na última categoria. Há ainda um separador para as colaborações pontuais, como é o caso de uma jarra (30€) feita com a Círculo Ceramics e uma taça da Oyo (50€).
A ideia é continuar a criar, em conjunto com estes artesãos, novos produtos e que o catálogo da marca continue a crescer. A Mariamélia vai agora lançar-se na aventura de criar artigos para a produção de pão, uma área de interesse de Filipa. Na loja já vai encontrar uma gamela de madeira (45€) e um cesto de fermentação (17€), por exemplo. Ainda dentro deste tema, está nos planos da designer gráfica organizar eventos à volta da produção do pão e dos objectos necessários para o fazer.
A Mariamélia, que tem este nome por “ser bem característico e português”, “quer desenvolver produtos feitos em Portugal e de preferência com materiais portugueses”. E nós apoiamos, porque, como dá para ver, são bonitos que se fartam.