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©Marco DuarteEstelita Mendonça é designer
©Marco Duarte

No armário de... Estelita Mendonça

Começou por ser manequim mas rapidamente percebeu que o seu futuro passava pelos bastidores, longe da ribalta, a desenhar roupa

Mariana Morais Pinheiro
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Molly adianta-se e vem receber-nos à porta. Agita a cauda e deixa-nos entrar em casa, encarnando com sucesso a figura de um mestre de cerimónias. Há um ano que vive com João Pedro Estelita Mendonça, o designer açoriano que chegou ao Porto quando tinha apenas quatro anos e que aos 17 começou a desfilar nas passerelles como manequim.

“Rapidamente percebi que não era o que eu queria. Nunca gostei de ter as luzes todas apontadas para mim, por isso, comecei a fazer make-up nos bastidores. Acho que foi a forma que encontrei para continuar a trabalhar no mundo da moda, mas a partir de um outro prisma”, conta o criador de 29 anos, que estudou Design de Moda na Academia de Moda do Porto, e que vai estar no Portugal Fashion que começa esta quinta-feira, dia 19.

É na linha de menswear que Estelita Mendonça investe a sua criatividade, sempre com um cunho político-social. “Se tens uma profissão que te permite falar sobre assuntos que a maior parte das pessoas não fala, porque não fazê-lo? Ainda para mais se consegues atingir uma grande plateia.”

Criada em 2010, a marca é “um bocadinho mais conceptual e cerebral”. “Quero que o público fique intrigado com a peça que está a comprar. E não ponho um limite de idade ou de género em nenhuma criação.”

O rasgo de Estelita Mendonça tem a ver com as linhas direitas, mas nada básicas, e sobretudo com os materiais usados. Há duas colecções atrás fez um casaco a partir de barcos de borracha, numa alusão à crise dos refugiados, que deixou o Portugal Fashion inquieto.

“Tenho um grande interesse no material e em como o material é construído. Por isso é que aposto bastante na reciclagem e no uso de materiais tecnológicos menos convencionais, como foi o caso do casaco feito de barcos de borracha, e de outras peças, como tendas de campismo. Sem querer ser um eco-designer, acho que é importante pegar nestas ideias e neste tipo de materiais para poder passar a mensagem”.

No armário de... Estelita Mendonça

Capacete Darth Vader

“Comprei-o numa loja da Baixa para oferecer como prenda de aniversário a um grande fã de Star Wars. É muito útil. Dá para guardar coisas dentro.”

Mochila ITI Wit

É da Decathlon e é uma mochila apropriada para desportos aquáticos. “Foi super barata, custou cerca de 25€, uso-a no dia-a-dia e levo-a para todo o lado.”

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Camisa reflectora

“Encontrei-a numa loja de insolvências. Custou-me um 1€ e nessa noite fui pôr música no Café Au Lait. As pessoas não estavam nada à espera de ver o lixeiro como DJ.”

Casaco comprido

“Desenhei-o para a minha terceira colecção. Tem cerca de cinco anos e meio. Quis que ele se parecesse com um roupão gigante. Tem fazenda, lã, denim e viscose na gola.”

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Disco Kraftwerk

Foi comprado em Marselha numa loja de produtos em segunda mão. Custou 10€. “Trouxe-o porque eles são os pais da música electrónica.”

Mais sobre moda no Porto

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Sara deu nas vistas quando Cristina Ferreira, a conhecida apresentadora de televisão, desfilou na passadeira vermelha do Festival de Cannes deste ano com uma das suas criações: uma gabardine que deu que falar. Mas, para trás, há muito mais para contar sobre esta designer de moda de 23 anos, que se licenciou na Escola Superior de Arte e Design, e terminou em 3.º lugar no concurso Bloom do Portugal Fashion, em 2015. Este ano, vai lá estar também. 

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Depois de uma década na Rua José Falcão, Luís Buchinho fez as malas e mudou-se para a Rua de Sá da Bandeira onde vai ocupar, daqui em diante, um edifício dos anos 60, com três andares. No piso inferior, sem vista para a rua, ficam os armazéns; a loja ocupa o rés-do-chão; e o ateliê, onde é possível ver o estilista a trabalhar através das grandes janelas, é no andar superior.

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Molly adianta-se e vem receber-nos à porta. Agita a cauda e deixa-nos entrar em casa, encarnando com sucesso a figura de um mestre de cerimónias. Há um ano que vive com João Pedro Estelita Mendonça, o designer açoriano que chegou ao Porto quando tinha apenas quatro anos e que aos 17 começou a desfilar nas passerelles como manequim. “Rapidamente percebi que não era o que eu queria."

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Há sempre novidades na Invicta e quando falamos de comércio, a cidade fervilha. Reunimos aqui algumas das novas lojas do Porto que tem de conhecer. É imperativo. E a oferta de cada uma delas é vasta. Vendem desde flores, a móveis, sabonetes ou fatos de banho. Dê uma espreitadela.  

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