No ateliê... Isabel Castro Freitas
© João Saramago
© João Saramago

No ateliê de... Isabel Castro Freitas

O cheiro a flores frescas invade os sentidos de quem aqui entra. É neste ateliê que a flower designer torna os sonhos de várias noivas realidade, com buquês que todas as convidadas querem apanhar.

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A natureza foi sempre uma parte importante da vida de Isabel Castro Freitas. Os avós e os pais viviam em casas com jardins e quintais onde ela passava muito tempo. Talvez seja por isso que decidiu estudar Arquitectura Paisagista. “Escolhi o curso porque tinha um grande fascínio pelo Gonçalo Ribeiro Teles [político e arquitecto paisagista português] que fala da natureza com muito encanto”, explica a flower designer. Quando começou a trabalhar, rapidamente percebeu que tinha queda para o detalhe e para os pormenores, ou seja, gostava de escolher flores, misturar texturas e brincar com cores. Começou por fazer coroas para pôr nas portas das casas. um dia publicou uma fotografia do seu trabalho nas redes sociais e desde então não pára de coleccionar fãs. 

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Um desses fãs lançou-lhe o desafio de dar um workshop e foi durante essa sessão que conheceu a sua primeira noiva. A partir daí, Isabel nunca mais parou de fazer arranjos, buquês e outras instalações para casamentos e eventos. A arquitectura paisagística foi ficando em segundo plano.

O seu primeiro ateliê foi num espaço de trabalho partilhado mas, como os seus clientes precisavam de mais privacidade, mudou-se para um primeiro andar perto do Palácio de Cristal. O local era muito caótico, por causa do movimento da rua, então procurou um outro. Encontrou finalmente a paz na Rua da Paz, onde inaugurou no mês passado o ateliê que partilha com o Picasso, o seu cão.

Isabel produz acessórios, como toucados e coroas, e buquês de noiva, alguns deles compostos por flores desidratadas. Apesar de fazer todo o tipo de eventos, o ateliê está especialmente focado em casamentos. Para o visitar é preciso fazer marcação, mas já há planos para que um dia por semana o espaço esteja aberto ao público que queira, por exemplo, comprar flores frescas.

Rua da Paz, 4 (Baixa). 911 044 733. Por marcação.

No ateliê de... Isabel Castro Freitas

Livro

Dentro do ateliê, Isabel tem uma pequena biblioteca com várias referências da área do design e da botânica. “Este livro é um dos meus favoritos, porque é uma biblioteca de espécies organizada por cores. Muitas vezes, quando estou a construir os mood boards, uso-o e mostro-o às clientes.”

Peónia

“São um tipo de flor muito usado nos buquês. Infelizmente, não se encontram durante o ano inteiro. Só começam a aparecer a partir de agora e há até Agosto/Setembro. São muito abertas e maravilhosas. Enchem muito os arranjos.”

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Toucado

As encomendas mais comuns são os buquês e os toucados. “Os clientes pedem sempre algo muito personalizado. Então, quando comecei a fazer toucados, queria que parte das flores usadas pudessem ser retiradas e guardadas.”

Chapéu

“Estes chapéus vão estar à venda em breve, mas acho que o cliente português ainda não se sente confiante para usar coisas assim, diferentes. Até pode gostar mas, como ainda não é moda, sente-se um pouco retraído. As cores das flores são só exemplificativas, porque fazemos por encomenda, com as que o cliente quiser. Isto e todas as outras peças.”

36€

Mais ateliês para conhecer

  • Compras

Basta ouvir o sotaque de Irena para perceber que a designer não é de cá. É da Alemanha, diz-nos. Aliás, é “meia austríaca e meia alemã”. Nasceu em Munique, mas estudou design industrial na Faculdade FH Joanneum, em Graz, na Áustria. Ainda considerou a arquitectura, mas a família demoveu-a. 

  • Compras

Nasceu em Viseu, estudou design gráfico em Aveiro, viveu, trabalhou e estudou ilustração em Barcelona, mas o Porto sempre lhe piscou o olho. “Sempre me chamou muito a atenção por ser uma cidade lindíssima e por ter esta aura mística”, explica Ana Seixas. 

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  • Compras
  • Joalharia

Há sete anos que Ana Pina se dedica à joalharia. A arquitecta começou por trabalhar em casa, foi investindo em ferramentas e maquinaria, até que um dia sentiu a necessidade de começar a partilhar o seu espaço com outras pessoas. 

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