Um dia decidiu inscrever-se num curso da Cooperativa Árvore. Daí foi trabalhar para oficinas de alguns artesãos que faziam peças mais tradicionais, onde aprendeu muito do que hoje sabe, e o interesse pela cerâmica não parou de crescer.
O percurso nem sempre foi linear, conta. “Cometi muitos erros, experimentei muita coisa que não funcionou, mas valeu a pena.” Em 2015 desafiou um amigo, que entretanto deixou o projecto, a criar a Lagrima. “O nome Lagrima surgiu porque tenho algumas tatuagens com lágrimas e sempre achei que a lágrima tinha uma simbologia bonita, que era uma coisa com significado.”
Ao fundo do ateliê há uma série de estantes cheias de peças da mais recente colecção de Joana. “Faço sempre duas colecções, uma de Primavera e outra de Inverno. É uma influência que me ficou dos anos a trabalhar na área da moda. Estou formatada para pensar assim”, explica. E as cores variam de acordo com a estação. Por isso, pelas prateleiras do ateliê, há copos, vasos, tigelas e azulejos, em tons de rosa, verde e roxo.
Além destes, tem também uns pequenos germinadores que se colocam nos vasos e que “foram pensados para germinar caroços de abacate, que precisam de água constantemente.”
As saboneteiras são as peças mais recentes da marca. Isto porque Joana não pára de criar. Faz peças de cerâmica especiais para a época do Natal e até já criou um espanta-espíritos.
As peças estão à venda na loja scar. ID, na Rua do Rosário, mas também já atravessaram as fronteiras da cidade. Pode encontra-las em Lisboa e em países como Espanha, França e Alemanha. Os preços vão dos 15€ aos 90€.