Medianeras
Rita Gazzo
Rita Gazzo

Um roteiro com muita pinta: o melhor da arte urbana em Cascais

O concelho é apontado como o primeiro grande foco do graffiti em Portugal. Ao longo das décadas, tornou-se uma galeria a céu aberto. Descubra o melhor da street art em Cascais.

Ricardo Farinha
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Carcavelos, no concelho de Cascais, é muitas vezes apontado como o berço do graffiti em Portugal. Não quer dizer que ao mesmo tempo não pudessem existir miúdos a pintar paredes noutros sítios do país, mas foi ali que se desenvolveu um movimento artístico mais avançado e organizado, sobretudo com a fundação da PRM Crew no final dos anos 80. Ao longo das décadas, o graffiti influenciou a cultura pop e acabou por dar origem àquilo que se tornou a arte urbana – grandes murais pintados em empenas de prédios ou em muros de rua, mas também obras artísticas diversas que nasceram a partir dessa cultura urbana visual. A Linha é hoje uma galeria a céu aberto (graças a festivais como o Muraliza ou o Infinito, que convidam artistas urbanos a dar vida e cor a vários edifícios) e aqui encontra um roteiro com o melhor da arte urbana em Cascais.

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Arte urbana em Cascais

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Como forma de consciencialização para a importância da biodiversidade e da protecção dos habitats, o português Bordalo II tem usado materiais reciclados para esculpir pelas paredes animais de todo o planeta. Na Alameda Duquesa de Palmela, em Cascais, num dos muros da linha do comboio, vive esta enorme baleia.

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Mário Belém, artista local e um dos responsáveis pelo festival Muraliza (a par de Lara Seixo Rodrigues), cobriu uma casa abandonada no centro de Cascais com esta peça feita na primeira edição do evento, em 2014. Fica na Rua Nova da Alfarrobeira (que hoje integra a Rua Amarela) e foi uma das primeiras a serem realizadas no âmbito desta iniciativa que coloriu a vila e arredores ao longo dos anos.

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Com estúdio instalado no concelho de Cascais, Add Fuel tornou-se conhecido pela sua reinterpretação da azulejaria tradicional portuguesa na sua arte urbana. Nesta peça que pode ser vista na Praça da Gaivota, no Bairro da Torre, realizada em 2016 no âmbito do Muraliza, retratou uma varina de Cascais.

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Foi em 2015 que o artista do Porto Frederico Draw foi ao centro de Cascais, no âmbito do festival Muraliza, fazer esta peça que evoca a história da vila – como quando se escrevia “Cascaes” com “e” – e os seus pescadores nativos. Fica na Rua Latino Coelho.

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Um dos pioneiros do graffiti no país e no concelho de Cascais, YouthOne, membro da lendária PRM Crew e músico da banda Mundo Complexo, pintou este mural na Rua das Caravelas, no Bairro da Torre.

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Também a propósito do Muraliza, um dos writers mais antigos do concelho, Exas, pintou esta longa peça que retrata a vila de Cascais e o mar. Pode ser vista na Travessa dos Navegantes desde 2014.

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Foi junto do Mercado de Carcavelos que a artista visual Jacqueline de Montaigne pintou esta figura na empena de um prédio. Conhecida pelos retratos que faz, a artista cresceu entre a Escócia e a Arábia Saudita, oriunda de uma família portuguesa com raízes dinamarquesas. Depois de viajar por meio mundo, escolheu Portugal e, em específico, Cascais, como o sítio para viver e ter o seu estúdio.

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Em 2018, alguns dos artistas urbanos mais proeminentes celebraram os 30 anos de graffiti em Portugal com uma série de peças na Praça Dr. Manuel Rebello de Andrade, um género de hall of fame em Carcavelos. Este mural é de Mosaik, mas ao lado é possível encontrar obras de Nomen, Miguel RAM, Utopia, Styler, Gonçalo Mar ou Mário Belém.

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A ligação aos oceanos, tão característica de Cascais e que se nota na toponímia das ruas e travessas do Bairro da Torre, está espelhada nesta peça de Kruella D’Enfer, feita em 2016 para o festival Muraliza. Está na Rua Estrela do Mar.

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Ao longo dos anos, o Bairro da Torre, em Cascais, tornou-se uma galeria de arte urbana a céu aberto, graças ao festival Infinito. São muitas as empenas dos prédios com enormes murais. Esta peça, na Travessa do Sargo, foi feita pela dupla Telmo Miel, naturais dos Países Baixos.

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A artista brasileira Shay Petricevich Costoya deixou também a sua marca no Bairro da Torre, mais concretamente na Rua Estrela do Mar, com uma peça que retrata dois miúdos a jogar à bola, uma prática comum ali nas ruas.

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É mais uma peça de Mário Belém que ilumina as ruas de Cascais. Esta contorna um reservatório de água na Rua de Cantabria, em Carcavelos, a zona de residência do artista. A peça retrata a vivência local, de proximidade.

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O projecto de arte mural medianeras, sediado em Espanha, passou pelo Bairro da Torre, mais concretamente pela Rua Amendoeiras, para criar esta peça que retrata a fluidez de género. Foi realizada em 2020, no âmbito do Infinito.

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Skran deixou esta peça, retratando uma mulher de uma tribo na Etiópia, no Bairro da Torre, em 2018.

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Há quase 20 anos que o Colectivo Rua tem dado que falar no campo da street art. Este grupo formado por Contra, Draw, Fedor, Ivan, Oker, Mash, Mesk, Podre, TheCaver, Third e Virus deixou a sua marca no Bairro da Torre, na Rua das Caravelas, em 2018, graças ao Infinito.

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É na escola local que fica esta peça de Mário Belém, de frente para quem passa pela Rua Maria Auxiliadora. Foi feita no âmbito do festival Infinito, em 2022.

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Um dos rappers mais populares do país, Dillaz, foi homenageado no seu bairro, na Madorna, em São Domingos de Rana, com esta peça de Styler realizada no âmbito do festival Infinito, em 2021. Fica na Praceta Francisca Lindoso.

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Há meia dúzia de anos que esta “One Strange Rock” está instalada nos jardins do Museu do Mar, que integra o Bairro dos Museus em Cascais, depois de ter passado pela Praia de Carcavelos. Foi feita por Bordalo II, inspirando-se numa série da National Geographic sobre o Planeta Terra, utilizando lixo encontrado pelos pescadores do concelho de Cascais. Construída com cerca de 300 quilos de materiais, a obra alerta para a importância de proteger os oceanos.

Mais arte em Cascais

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Se acha que Cascais é só praia, peixe fresco e queques aos guinchos (ha-ha...) engana-se redondamente. Nos últimos anos, o município tem vindo a criar um verdadeiro microclima cultural com a implementação e desenvolvimento daquilo a que chama Bairro dos Museus. O conceito é simples e só requer que dê umas voltinhas pelo perímetro que concentra um conjunto de equipamentos dedicados à cultura na vila. Concebido pela Câmara Municipal de Cascais e pela Fundação D. Luís I, o Bairro dos Museus permite que em curtas distâncias se possa saltitar entre os vários habitantes deste bairro. Preparado para a maratona? O Centro Cultural de Cascais, a Casa Sommer, o Museu Conde Castro Guimarães, a Casa das Histórias Paula Rego e a Casa de Santa Maria são pontos de paragem obrigatória neste roteiro cultural. 

  • Arte

Construído para defender a costa portuguesa, o Forte da Cidadela de Cascais foi residência de Verão dos reis – e mantém hoje a mesma função para o Presidente da República. Ele não tem por hábito dar sinais de vida nos meses quentes, mas o espaço está aberto à população local e aos turistas que visitam a vila por uns dias. Sob a gestão do hotel Pestana, a praça que se esconde entre as muralhas altas tornou-se num hub de artes recheado de galerias e estúdios de arte, bem como outros projectos que vale a pena descobrir (incluindo a nossa livraria favorita na vila). Eis o melhor da Cidadela de Cascais por estes dias.

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