O que ver, comprar e comer no Art District da Cidadela de Cascais

É o hotel que veio revolucionar a antiga Fortaleza de Nossa Senhora da Luz, património nacional. Com 108 quartos e 18 suites de luxo, quase todos com vista para o mar, é um alojamento bem central, perfeito para quem quer conhecer a vila de Cascais a pé. Fica a poucos minutos a pé da praia, do Bairro dos Museus, da Marina de Cascais e do Parque Marechal Carmona. Conta com um spa, ginásio e piscina.

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Catarina Carreiras é a responsável por este projecto que abriu em 2020. Na frente, fica o showroom; atrás, o estúdio onde trabalha em projectos de comunicação e branding com a sua pequena equipa. Utiliza serigrafia, escultura, têxteis e madeira, tudo alternativas aos materiais mainstream com que os millennials têm preenchido as suas casas. E tudo, sempre, com uma bela dose de cor.

Uma livraria de livros usados, arrumados em caixas de vinho, e onde as divisões não seguem as categorias convencionais. A Déjà Lu é a livraria mais curiosa da zona – e ainda tem uma agenda preenchida. Há workshops, palestras e sessões de leitura. Ao lado, um restaurante que está lá para as ocasiões. A cereja no topo do bolo é a causa: as vendas revertem a favor da Associação de Portadores de Trissomia 21.

Dedicada aos petiscos portugueses, a Taberna da Praça é o restaurante da Cidadela. Com uma esplanada ideal para quem gosta de apanhar sol, ali servem-se bolinhas de alheira de caça (9€), pica pau de atum com alcaparras (16€), ovos mexidos com farinheira e tomate (9€), cogumelos à Bulhão Pato (9€) ou peixinhos da horta (8€), entre tantas outras opções. Quanto a pratos mais compostos, experimente o arroz de polvo com gambas (24€), o tachinho de tamboril com mexilhão (22€), o arroz de pato à nossa maneira (19€), a carne de porco em vinha d’alhos (19€) e uma série de bifes com diferentes molhos (26€-27€).

São de Rogério Timóteo as esculturas que ornamentam a praça do Forte da Cidadela. Desde 2020 que o escultor português de renome internacional – que trabalha sobretudo com bronze e mármore – tem ali a sua galeria. “Depois de quase 30 anos de carreira sem conhecer o público, tive vontade de ter esse contacto. E ganho o dia cada vez que alguém entra e diz ‘uau!’”, conta. Agora, equilibra o trabalho solitário no seu atelier em Anços, Sintra, com o tempo que passa na galeria a contactar directamente com o público. E é também ali que algumas das suas peças nascem, a partir da moldagem do barro.

Uma selecção cuidada e diversa de livros de muitos géneros, cores e feitios, com uma ampla gama de edições em inglês, de publicações autografadas e de trabalhos de não-ficção, sobretudo relacionados com o mundo das artes – ou não ficasse esta livraria independente no Art District. Inaugurada em 2020, a INDIE, not a Bookshop conta com duas salas unidas por um corredor em túnel, que também vende acessórios relacionados com a leitura, jogos e adereços. É um projecto que vem das mesmas mãos da vizinha Déjà Lu – e onde nunca faltam grandes ideias, como a This is Not a Wine Box, o presente perfeito para quem gosta de ler. 

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Há 11 anos que a Allarts Gallery está no Forte do Cidadela, sobretudo com peças portuguesas. Não faltam os clássicos da Vista Alegre e da Bordallo Pinheiro, bem como as jóias da Topázio e da Pé de Mar, além de óculos de sol, objectos de design e decoração, e quadros originais, em particular de pintura naïf. Vale ainda a pena espreitar os lenços de seda da Antiflop, que adaptam obras de renome de artistas portugueses.

Vila de pescadores, a sorte de Cascais mudou em 1870, quando o Rei D. Luís decidiu transformar o Palácio da Cidadela de Cascais em residência de veraneio. Assim foi até ao fim da Monarquia, em 1910, sendo mais tarde residência de vários presidentes, tanto de Verão, como oficial.

Depois de alguns anos ao abandono, em 2004 o Museu da Presidência da República começou os trabalhos de recuperação do espaço, que hoje recebe os convidados da Presidência, com quartos montados para o efeito. 

Por ali é possível conhecer a Sala Nobre, a Sala de Jantar, a Sala Árabe ou o antigo quarto do rei D. Luís. Descubra ainda a capela de Nossa Senhora da Vitória e a bateria, memória da antiga fortaleza de Nossa Senhora da Luz. O museu organiza visitas guiadas por marcação, de quarta-feira a domingo. 

A artista brasileira Lu Mourelle pinta rostos femininos com cor, muita cor. As obras começam sempre pelos olhos, num registo pouco preocupado com o realismo e mais com a expressividade. A sua galeria mora há cinco anos no Art District de Cascais e tem uma ligação directa com o seu atelier: é ali que se podem ver, em primeira mão, as suas mais recentes criações.

“Há sempre algo novo nas paredes ou uma nova exposição e as pessoas deparam-se com algo inesperado. É uma atmosfera vibrante, pois o visitante adora conversar com o autor da obra. Trata-se de um estímulo para o artista e uma experiência diferente para o público que vem à galeria”, acredita Lu.

É o mais recente inquilino do Art District da Cidadela. Desde Setembro de 2023 que o artista Nélio Saltão, autodidacta que durante 40 anos conciliou a sua paixão artística com as várias funções que desempenhou nos casinos de Estoril e Lisboa, tem o seu próprio espaço em Cascais. Ali expõe e vende as suas pinturas coloridas, onde explora um expressionismo abstracto.

Neste restaurante e pool lounge do Pestana Cidadela pode tomar uma refeição ou beber um copo com uma vista panorâmica sobre a Marina de Cascais e o Atlântico. Das saladas aos hambúrgueres, passando pelas massas e pelos bifes, não faltam opções. E não é preciso fazer check-in. 

É também no Art District de Cascais que fica a galeria, loja e espaço de workshops de Mariana A. Mateus, onde se vendem jóias contemporâneas de diferentes estilos — sejam brincos, anéis ou colares.

Esta é a galeria e o estúdio dedicado à arte de Gizela N e à joalharia de autor de Cláudia Afonso, duas criativas que se juntaram num único espaço, que se encontra aberto ao público desde 2022.

Desde Abril que a Sala dos Oficiais do Forte da Cidadela recebe workshops semanais, aos sábados, com artistas locais. Dedicados às artes plásticas, tanto há sessões de pintura como de desenho, cerâmica, colagens, serigrafia ou impressões, entre outras expressões artísticas visuais. A iniciativa é dinamizada pela artista Maria Giraldes. 

“O hotel Pestana Cidadela Cascais teve a iniciativa de querer dinamizar o espaço do Art District com eventos e workshops, daí nasceu esta parceria. Tendo estudado artes e seguido essa área, sei que acaba por ser uma profissão muito ingrata em Portugal. Acredito que é uma oportunidade de dar palco a artistas locais e também ensinar e partilhar os meus conhecimentos. Alguns workshops são dados por mim e outros por artistas convidados. A ideia é criar uma comunidade que tenha paixão por artes visuais e chegar a quem não sabe que a tem”, explica.

Os workshops costumam acontecer entre as 10.00 e as 13.00 e as inscrições podem ser feitas via email (maria@girart.eu), site ou Instagram.