Parede
© Francisco Romão Pereira
© Francisco Romão Pereira

As melhores coisas para fazer na Parede

Bons restaurantes, comércio de rua clássico, praias e muito mais. Assim é a Parede, uma zona onde vale a pena parar de visita à Linha.

Ricardo Farinha
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Situada entre Oeiras e Cascais e com uma vida muito própria, a zona da Parede é um dos melhores sítios para passear (já para não dizer viver) na Grande Lisboa. As praias, claro, são o argumento mais forte. Mas também não faltam casas impressionantes que vale a pena admirar pela sua arquitectura. E não se esqueça dos óptimos restaurantes, sejam tradicionais ou mais virados para o brunch, das lojas clássicas, dos concertos que pode ver e de tantos outros sítios por explorar e actividades para fazer. Ainda tem dúvidas? Ora espreite o nosso roteiro.

+ 24 horas perfeitas em Cascais

O melhor da Parede

  • Atracções
  • Cascais

Muito conhecida pelas suas características terapêuticas, a Praia da Parede, rica em iodo, é ideial para quem sofre de problemas nos ossos. Mas há mais razões para frequentar este areal: os bons acessos, por exemplo, que incluem passagens subterrâneas, um parque de estacionamento e uma zona pedonal ao longo de toda a sua extensão, assim como as excelentes condições para a prática de desportos náuticos, como o stand up paddle.

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  • Cascais

Caracóis, amêijoas, sapateiras, gambas, percebes e imperiais. Há de tudo nesta clássica cervejaria da Linha. E também há enchentes aos fins-de-semana e alguns atrasos na hora do serviço. Mas tudo se perdoa ao senhor Eduardo, dada a qualidade do marisco, a simpatia do pessoal e onda castiça do sítio.

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  • Música
  • Cascais

Com quase 125 anos de história, a SMUP – Sociedade Musical União Paredense foi em tempos conhecida pela sua banda filarmónica e pelas aulas de música, teatro e dança. O espaço ainda funciona nesses moldes, mas nos últimos anos tem-se destacado sobretudo por acolher uma programação musical alternativa, com propostas arrojadas, muitas das quais bandas internacionais de renome nos seus circuitos. É o grande espaço cultural da Parede.

Feitas as apresentações da SMUP, vamos ao seu restaurante. Durante anos e anos foi uma tasca à antiga, até o edifício fechar para obras durante longos oito anos. Quando reabriu, em 2014, os responsáveis já não queriam pegar no espaço. Essa tarefa coube então a Leopoldo Calhau, que lhe deu uma nova vida. Ainda assim, essa fase só durou até ao final de 2016. O chef queria dedicar-se a outros projetos e foi assim que os novos sócios entraram em cena. Os irmãos Carlos, Pedro e Nuno Costa cresceram em Carcavelos e eram regulares na antiga tasca e nas actividades da própria SMUP. Além disso, tinham uma forte ligação à música: Pedro é o responsável pela editora Clean Feed e o irmão Carlos tinha sido um dos sócios do Sabotage Club, além de ter sido distribuidor de discos, promotor de eventos e responsável por outros bares. Com os sócios Pedro Guedes e Hugo Bernardo, pegaram no negócio e construíram um restaurante de comida portuguesa, com produtos sazonais e pequenos twists. Mudam de carta duas vezes por ano, embora mantenham sempre o bife da vazia à Sociedade (14,50€) e o polvo no forno (17€), que nesta fase é servido com batata doce e grelos. O prato evoca os polvos da Parede, embora usem algarvios, por serem mais tenros. Outras especialidades são o tártaro de atum dos Açores (11,50€), em molho ponzu e cebolete, com algas wakame e kimchi; a empada de pato (12€); e o frango picante com lima, crocante por fora mas macio no interior (11€). O ambiente é de petisco e partilha, seja na sala acolhedora ou na esplanada coberta.

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  • Dança

Foi em 2020 que o grupo Jazzy Dance Studios abriu a sua escola na Parede. As instalações contam com três estúdios e 37 aulas semanais de 22 estilos de dança diferentes, do clássico ao afrohouse, passando pelo hip hop, contemporâneo, dancehall, funk brasileiro, high heels, jazz, kizomba, salsa, semba ou pop dance, entre outros. É só escolher um estilo e começar a praticar.

Com um espaço em Cascais e outro na Parede, o MOA Sushi tem sido uma lufada de ar fresco na oferta de cozinha japonesa no concelho. Um sítio com boa onda, bossa nova a sair das colunas e uma ementa feita pelo sushiman/surfista Nuande Pekel. A cozinha é japonesa de fusão, à qual se juntam outros pratos com peixe cru, exemplos dos ceviches, tacos e pokes. O que pedir? O kimuchi misto, o tártaro de salmão, o gunkan sake braseado ou avançar directamente para os combos especiais do chef, que garantem diversidade. E frescura de matéria-prima, sempre.

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  • Compras

O que têm em comum as Marchas de Lisboa, os musicais de Filipe La Féria, o Carnaval de Loures e de Sesimbra, produções de moda de Maria Gonzaga ou João Rolo, filmes, séries e programas de televisão? Todos vão buscar os tecidos para os figurinos a esta casa histórica da Parede, que se tornou uma referência nacional. Inaugurada em 1976 por Joaquim Augusto Bispo, começou por ser uma pequena Loja do Povo, que vendia todo o tipo de coisas, à moda da época, até se virar progressivamente para os têxteis, sector a que o empresário já estava ligado. Nos anos 90 houve uma enorme remodelação que permitiu aumentar substancialmente a área da loja, e o nome lá mudou para Bispos Tecidos, de forma a homenagear o negócio familiar. Hoje são os filhos de Joaquim, Celso e António, que gerem a empresa. Têm quatro secções: os tecidos, a decoração, a retrosaria e o pronto-a-vestir, que se complementam uns aos outros. Mas os tecidos continuam reis e senhores desta loja no centro da Parede.

Depois de Belém e Benfica, a Lanchonete chegou à Parede em Abril de 2023. Os sócios Pedro Bento, Bruna Silva e Francisco Júnior procuravam há algum tempo um espaço na Linha de Cascais, visto que tinham vários clientes que iam de propósito às lojas de Lisboa para provar o brunch e as especialidades brasileiras. O novo espaço fica na zona do comércio tradicional, na antiga casa da Pastelaria Monte Rei, e mantém a carta dos outros sítios. Não faltam pastéis de feira, pão de queijo, coxinhas, hambúrgueres e lanches brasileiros. Às sextas e sábados – os clientes habituais já sabem, e a Parede está agora a descobrir – é dia de feijoada à brasileira (9,50€), um dos pontos altos da casa.

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  • Música

Desde os 18 anos que Pedro Moura se dedica à venda de instrumentos musicais. Originalmente, o negócio era do pai, Francisco mais conhecido na zona por Paco, por ser espanhol e tiveram várias lojas, com produtos diversos. A partir do final dos anos 60 e início dos 70, os instrumentos musicais começaram a ganhar vida própria  eles que tinham sido apenas uma pequena secção da loja original, que se chamava Casa Paco, e que apareceram por sugestão, uma vez que já vendiam discos de vinil. Hoje, Pedro gere dois espaços, quase colados um ao outro, junto da estação de comboios da Parede, a poucos minutos a pé do sítio original da loja do pai. Ali vende vários tipos de guitarras, baixos, teclados, pianos ou baterias, além de equipamentos de som e gravação. Pela longevidade, tornou-se uma referência, e há clientes que vêm de todo o lado para ali adquirirem os seus instrumentos. Num dos espaços, acolhe também aulas particulares de música, que são dadas por músicos especializados.

  • Atracções
  • Parques e jardins
  • Cascais

A história deste parque remonta ao início do século XX. Domingos José de Morais, industrial abastado e dono da fábrica “Portugal e Colónias”, era o proprietário dos terrenos, tendo ali a sua casa.  O actual Parque Morais descende, assim, dos vestígios do jardim formal da moradia, que foi adquirida pela Comissão de Iniciativas do Concelho de Cascais e por um grupo de particulares, na década de 30. Nessa altura, parte do parque passou a albergar a Associação de Beneficência e Socorros Amadeu Duarte, o Posto de Socorro e os Bombeiros Voluntários de Cascais – 6.ª Estação da Associação Humanitária e Recreativa Cascalense. Agora, o espaço está equipado com um parque infantil, um pinhal com área para merendas, um lago com aves domésticas (e uma adorável ponte) e um amplo relvado. Com um extenso jardim com roseiras, herbáceas vivazes e grandes árvores, torna-se um local único para descansar e contemplar a natureza.

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  • Cafeteria

Brunchar ao pé da praia? Pode fazê-lo no Jay’s Brunch, que serve três menus distintos: o Atleta (18€), que inclui ovos mexidos com cogumelos, salada verde, tomate com sementes, panqueca de aveia com manteiga de amendoim ou doce e fruta, sumo de laranja ou do dia e chá, café ou chocolate quente; o Vegan (22€), que inclui tofu com cebolinho, orégãos, batata doce, salada verde e cúrcuma em pó, um iogurte vegetal com fruta e frutos secos, panquecas de aveia e banana com manteiga de amendoim ou doce e fruta, um doce da casa vegan, um sumo de laranja ou do dia e chá, café ou chocolate quente; e, por fim, o menu Jay’s (19€), que inclui salmão fumado com rúcula com abacate fatiado e sementes de abóbora, iogurte com fruta e granola caseira, panqueca com açúcar e canela, nutella ou doce, cesto de pão, croissants ou scones, queijo e fiambre, sumo de laranja ou do dia e chá, café ou chocolate quente. 

Duas outras das especialidades da ementa são o Escondidinho de Portobello (9,50€), um creme de mandioca gratinado com leite de amêndoa, óleo de côco, cogumelos Portobello, pimentos e chalotas; e os Cogumelos Portobello com Mozzarella (8,50€), com cama de espinafres baby, tomate e manjericão. Além disso, não faltam bowls, saladas, ovos, tapiocas, panquecas e waffles para experimentar. Bem como sumos naturais ou cocktails (incluindo algumas bebidas de autor) para acompanhar.

  • Compras
  • Cascais

Pratos, copos, talheres e toalhas. Chapéus, bandeirolas, etiquetas e guardanapos. Grinaldas, formas, balões e velas. Expositores de bolos, pacotes de pipocas, bolas de papel e confetis de cores. Esta loja de festas é uma festança, só de lá entrar. Há acessórios para todo e qualquer tipo de celebração, seja qual for o tema – ballet, circo, super-heróis, passarinhos ou índios –, além de tudo o que é preciso para fazer bolos, cupcakes, cakepops e bolachinhas a fazer pandã. A loja propriamente dita, na Parede, é capaz de acordar um morto. O site permite fazer a festa toda sem levantar o rabo da cadeira. 

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Se gosta de ceviches e da cozinha peruana no geral, dê uma oportunidade ao Palad’arte Peruvian Cuisine. Com uma carta confeccionada pelo chef Luis Arotengo, serve, por exemplo, o Mi Ceviche (16,90€), com o peixe do dia em cubos, com batata doce caramelizada e milho, tudo envolvido numa marinada de leite de tigre, entre tantas outras opções desta especialidade típica do país sul-americano. Outros pratos são o Pato Nortenho (16,90€), uma coxa de pato estufada em tacho de ferro com molho crioulo e arroz verde; a Carne de la Montaña (16,90€), que consiste numa costeleta de vaca em pequenos cortes na caçarola de barro em molho de coentros, feijão e mandioca; ou as Bochechas de Chancho (18,50€), estufadas em tacho de barro com papas serranas fritas. Também servem algumas opções vegetarianas e têm um menu infantil.

  • Pastelarias
  • Cascais

Pergunte a alguém da Linha pela Pastelaria Ribeiro e de certeza que vão ter alguma coisa para lhe contar: seja sobre os bolos de confecção própria (que, em boa verdade, não ajudam nada a manter a linha) para comer no balcão ou os de aniversário. Com 105 anos de história, é gerida pela família Nunes e já conta com várias gerações de clientes. Há quem elogie os pastéis de nata e os húngaros, há quem espere pela ocasião certa para encomendar um bolo de aniversário e há quem conte os dias para o Natal para ir buscar um bolo-rei, pelos vistos o preferido de Miguel Esteves Cardoso – que disse em 2017, em crónica no Público, que “é sumptuosamente tradicional”, “alto e fofo, feito nuvem de passas perfeitamente encharcadas, sem as manchas grosseiras de açúcar branco com que é mania poupar uns cêntimos.”

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Desde 1972 que o Toscano está em frente da Praia da Parede, com vista para o mar. E a visita no Inverno continua a valer a pena, até porque o restaurante conta com uma lareira rústica no interior. Com uma carta tradicional, entre as especialidades encontram-se o peixe no pão quente (pode escolher entre robalo e dourada, a 64€ o quilo), o arroz de tamboril com gambas e amêijoas (22€), os filetes de pescada com arroz de marisco (19,50€), ou as gambas panadas com arroz de gambas (23€). Não perca ainda a perdiz estufada à Serra Morena desfiada com castanhas (22€) ou a galinha do campo de cabidela (18,80€).

  • Atracções
  • Praias
  • Cascais

A Praia das Avencas é das poucas com o estatuto de Área Marinha Protegida na zona de Lisboa. Durante a maré vazia é mais fácil perceber porquê e caminhar pelos trilhos marcados com cordas cor de laranja, para não pisar nada que possa destruir este ecossistema com ouriços, estrelas do mar, lapas e afins. Um verdadeiro “safari subaquático”, como descreveu em tempos a vereadora do ambiente da Câmara de Cascais, Joana Pinto Balsemão.

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Destino de praia sem bar de praia não vale. Neste terraço amplo com vista para o mar da Praia da Bafureira, pode provar saladas, tostas, pregos, hambúrgueres, ostras ou tábuas de queijos e enchidos. Servem ainda pastas, especialidades de marisco (como gambas à guillo, amêijoas à Bulhão Pato ou cataplana), além de diversos peixes grelhados e de um risotto de marisco (29€). Se preferir os pratos de carne, apesar da envolvente, atire-se ao filet da vazia (35€), ao bife Tomahawk (95€, mas dá para duas ou três pessoas) ou ao bife tártaro Nautk (18€ ou 35€, consoante o tamanho da dose). Pode acompanhar tudo com sumos, vinhos, gins ou cocktails. Uma das sugestões da casa é o Chilli Punch (14€), preparado com vodka e chili do Nautk.

Instalado na Praia da Parede, o Bérrio é outra opção para comer de olhos postos no mar. Naturalmente especializado em peixe e marisco, aqui pode provar o arroz de marisco Bérrio (59,50€, para duas pessoas), a cataplana de marisco com batata doce (65€, para duas pessoas) ou, por exemplo, a mariscada Bérrio (150€), que inclui lagosta, sapateira, amêijoa, gamba da costa, camarão, mexilhão e salada. Também pode pedir o peixe ou marisco que lhe apetecer da vitrine, bem como alguns pratos de carne. Para os dias de calor, há um terraço sobre o areal; para os mais frescos, a sala interior é o local ideal para desfrutar da refeição.

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  • Japonês
  • Cascais

Há cerca de uma década na Parede, o Sushiway une a gastronomia asiática mais tradicional às fusões. Conte portanto com peixe fresco e frutas da temporada na ementa, onde encontra, por exemplo, tártaro misto (12,90€) e combinados de sushi (dos 15,90€ aos 49,90€). O menu de degustação, a pensar em duas pessoas, fica por 47,90€. Também há temaki, hossomaki, frutomaki, uramaki, hot rolls, sashimi, gunkan e nigiri. Ao todo são dezenas de pratos e vários chefs na cozinha, para garantir que tudo chega à mesa na perfeição. 

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