A Mascara do Olho Verde - Amadeo de Souza-Cardoso
©Amadeo de Souza-Cardoso

Amadeo de Souza-Cardoso/Porto Lisboa/2016-1916

Depois de uma exposição comemorativa no Porto, grande parte das obras que em 1916 deram que falar vêm para Lisboa.
  • Arte, Pintura
Mauro Gonçalves
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A Time Out diz

Pena que as reacções não vão ser as de há 100 anos, quando Souza-Cardoso expôs 114 obras no Jardim Passos Manuel, no Porto, e em Lisboa, na Liga Naval Portuguesa. A massa de visitantes perplexos é absolutamente irrepetível, mas a oportunidade de ver 91 dessas obras ao vivo e a muitas cores está aí, a partir de quinta-feira, no Museu do Chiado.

Reuni-las não foi fácil. Implicou correr acervos e colecções privadas apenas com o catálogo da época deixado pelo artista, sem imagens, sem medidas, apenas com títulos. Resolvido o quebra-cabeças, juntaram-se as pinturas, os desenhos e as aguarelas e recuperou-se a persona de um artista que estava mais interessado em provocar do que em vender, que montou esta exposição inteira com o dinheiro do pai e que vivia com a mulher em Manhufe, sua terra natal, há já dois anos.

O estilo expositivo da época foi mantido pelas curadoras Marta Soares e Raquel Henriques da Silva. No início, estranha-se, mas vai ver que logo se habitua a ver os quadros invulgarmente próximos uns dos outros. A exposição que estreia agora em Lisboa quase chegou às 82 obras. Não fossem os calendários sobrepostos entre o Museu do Chiado e uma exposição a decorrer em Bruxelas e o 82º quadro tinha-se juntado à grande epopeia. Afinal, como disse Almada Negreiros, esta exposição foi “mais importante do que a descoberta do caminho marítimo para a Índia”.

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