A mulher sonha, a obra nasce
O Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia já mexe. O projecto da britânica Amanda Levete ganhou forma e agora é pôr a máquina a andar. Há dois milhões de euros de orçamento anual para a programação e, para já, espera-se que o MAAT dê à cidade cerca de 20 exposições por ano.
Naquela praia
A inauguração foi quarta-feira, os coletes amarelos e a maquinaria pesada deixaram de fazer parte da paisagem e o passeio ribeirinho voltou a estar limpo e desimpedido. Foi construída uma escadaria em lioz que só termina no rio, ao estilo Ribeira das Naus, e a própria calçada portuguesa é uma obra de arte, assinada por Lawrence Weiner.
Cadê o MAAT?
Esta é uma das melhores partes: aquela em que, quando dá por si, está a passear pela cobertura do edifício sem sequer se aperceber. Parte do telhado ondulante do MAAT está cultivado, a outra tem tudo para se tornar o novo poiso de quem adora instagramar tudo o que mete rio. O que importa é que esta zona é acessível ao público 24 horas por dia. Divirta-se.
A sala oval
Na verdade, chama-se Galeria Oval e é a primeira sala que os visitantes vão ver depois de entrarem no museu. São mil metros quadrados que, para já, estão ocupados pela artista francesa Dominique Gonzalez-Foerster. Daqui em diante, a galeria fica reservada a intervenções de grande escala, diferentes do formato convencional de uma exposição. Até Março, este é o único espaço do novo MAAT que vai estar aberto ao público e a entrada é gratuita.
Nunca mais é Março
Parece que vai ser o mês de todas as revelações. É quando abrem ao público as outras três salas. A Galeria Principal, reservada a grandes exposições e a única com luz natural, a Video Room, para projectos multimédia, e a Project Room, também ela pensada para arte fora da caixa. Para almoçar à beira-rio ou trazer um belo recuerdo do museu também vai ser preciso esperar. Quando é que vamos ter loja e restaurante a funcionar? Em Março, claro.
Onde é que já ouvimos isto?
E eis que há uma ponte projectada. O objectivo é facilitar o acesso dos visitantes e fazê-los atravessar a linha do comboio e entrar directamente no novo edifício. A ideia soa bem, resta saber se, em Março, já conseguimos fazer a travessia, não vá a ponte ficar por erguer, como aconteceu com o vizinho Museu dos Coches.
E a Central Tejo?
Está de óptima saúde e recomenda-se. Com os dois edifícios, o MAAT chega a um total de 38 mil metros quadrados e, depois da reforma do último Verão, a Central Tejo está mesmo preparada para receber exposições internacionais de topo. A agenda está mais concorrida do que nunca. Aproveite o feriado para visitar tudo sem gastar um tostão.
Avenida de Brasília. Qua-Seg 12.00-20.00. Entrada: 5€ (todas as exposições, até Março); gratuita (só a Galeria Oval, até Março).