A tradição local afirma que, no castelo, existe uma moura encantada que todos os anos, na noite de São João, aparece a chorar o seu destino – será, porventura, a filha de Aben-Fabila, o governador que, quando Tavira foi conquistada pelos cristãos, desapareceu por artes mágicas mas nunca retornou. Lendas à parte, este posto defensivo remonta aos séculos X e XI, tendo sido reconstruído pelos mouros sobre a anterior fortificação de origem fenícia (séculos VIII-VII a.C). Com a conquista cristã da cidade, em 1242, a muralha sofreu vários melhoramentos durante os reinados de D. Afonso III e D. Dinis. Actualmente, restam ainda troços de muralha, classificada como Monumento Nacional, por decreto publicado em 1939; e o núcleo principal do castelo, onde se encontra um bonito jardim. Se subir às torres, terá vista para toda a cidade, mas é preciso ter cuidado a subir e a descer, uma vez que nenhuma das quatro escadas existentes tem corrimão. Antes de visitar o castelo, pode aproveitar para visitar a Igreja de Santa Maria do Castelo, um edifício do século XIII, provavelmente mandado construir no local da antiga mesquita pelo conquistador da cidade, D. Paio Peres Correia, mestre da Ordem de Santiago, que está sepultado na capela-mor juntamente com sete cavaleiros cristãos falecidos em 1242 nessa batalha.
Largo Abu-Otmane (Tavira). Verão Seg-Sex 08.30-19.00, Sáb-Dom e feriados 10.00-19.00. Inverno Seg-Sex 08.30-17.00, Sáb-Dom e feriados 09.00-17.00.