Centro Cultural de Belém

Uma clareira circular rodeada por terra. É assim que esta instalação/espectáculo recebe os seus visitantes, sem outros guias que não a sua própria intuição. Lá dentro, há uma biblioteca-floresta, uma biblioteca comunitária que é um lugar efémero para ler, estar, trocar olhares ou conversar com estranhos. Produzida pelo Teatro do Silêncio (com criação e curadoria de Maria Gil e Bruno Alexandre), esta instalação no CCB pode ser visitada até 28 de Fevereiro. Fazem ainda parte da programação três conferências-performance: Inteligência Artificial (dias 8 e 9, às 16.00); Ativismo Climático (15 e 16, às 16.00), e Beleza (22 e 23, às 16.00), onde se aborda a beleza não como ideal a alcançar, mas como narrativa de esperança.

O clássico da literatura é apresentado pelos Artistas Unidos, numa adaptação de Robert Icke e Duncan Macmillan. Neste futuro distópico, o Grande Irmão está sempre a observar todos e o individualismo e o pensamento livre são proibidos pelo partido totalitário que está no poder. Mas há quem sonhe com um mundo diferente.

Neste programa do Centro Coreográfico Nacional – Ballet de Lorraine, vamos poder ver Static Shot, de Maud Le Pladec, e a Folia, de Marco da Silva Ferreira. A dinâmica da primeira peça, apresentada o ano passado no Porto, procura estar "sempre num crescendo, convidando os espectadores a participar num êxtase sem fim". A segunda, uma estreia nacional, nasce de um conjunto de referências que parte da festa do Renascimento, a folia, e do significado da palavra no vocabulário português.

Com direcção musical de Jan Wierzba, os músicos da Orquestra Metropolitana de Lisboa vão aproveitar o Carnaval para nos darem a conhecer uma outra faceta da música clássica. É que um concerto de orquestra pode parecer uma coisa muito erudita, mas aqui, tal como diz o ditado, as aparências enganam. Enquanto os instrumentos fazem o que os compositores mandam, com o público e os músicos a história já é diferente.