O seu interesse por louças pode até ser bastante limitado, mas mesmo que não saiba distinguir uma terrina de uma sopeira vai gostar de conhecer o museu/ fábrica/ loja da Cerâmica Vieira, uma cápsula do tempo onde se fazem faianças como antigamente. “São todas feitas à mão e por isso são mais rústicas, com algumas imperfeições. É isso que as torna especiais”, conta-nos Teresa Vieira, proprietária que pertence à quinta geração que toma conta do negócio. A história começa em 1892 quando Bernardino da Silva, um industrial de Gaia, chegou à ilha para montar uma fábrica de louça vidrada feita com uma mistura de barro de Santa Maria e do continente. É com esse barro que se lavram e moldam as peças ainda hoje. “Chegamos a fazer 150 suportes de vela ou 200 canecas por dia”, contas de cabeça de uma das empregadas da Sala da Olaria uma das muitas partes da Cerâmica Vieira onde é possível assistir ao fabrico. A louça da Lagoa, como também é conhecida, distingue-se pela cor branca e os desenhos em azul. A cor, uma tinta cor-de-rosa que só passa a azul depois de ir ao forno, é uma combinação de pigmentos feita no local. Como? “É segredo”, avisa Teresa Vieira. Já agora, uma terrina e uma sopeira são a mesma coisa.
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