É o El Dorado da cerveja de pressão ou o Triângulo das Bermudas da nossa sobriedade. O sítio com a imperial mais fresca e viçosa dos Açores – podemos chamar-lhe “a loira mais bonita do arquipélago” – é um local de romarias entre os crentes e uma fonte de interrogações para os cépticos: dizem que o fundo dos copos está riscado, que tem a ver com a lavagem, que não se usa detergente. Quem quer saber o segredo da imperial da Lagoinha só tem de fazer duas coisas: ir até à Rua da Igreja, em Água d’Alto (Vila Franca do Campo) e perguntar. Chegar à cervejaria é a parte mais difícil – não há indicações e a porta que dá diretamente para a estrada não tem qualquer placa de identificação. Saber o segredo é fácil, basta perguntar. “O truque está na temperatura, a cerveja tem de estar sempre a 0ºC, e na lavagem da máquina”, explica Luís Correia, o dono deste templo da imperial fundado em 1981. É o próprio quem trata da limpeza da serpentina, mecanismo essencial para a frescura do líquido dourado. “Comprei uma máquina para ser eu a tratar do assunto pessoalmente. Faço-o uma vez por semana”, esclarece. O resultado é uma imperial de cor amarelo vivo, com um dedo e meio de espuma branca, espuma essa que se mantém à tona do copo até ao final. Se a frescura da cerveja ajudou a criar o mito, o preçário reforçou-o: a “caneca” (que na verdade é um copo de 0,43 cl) custa 1€ e um fino fica-se pelos 0,55€. Não há mesas nem cadeiras, por isso a cerveja bebe-se ao balcão.
A Time Out diz
Detalhes
- Endereço
- R. da Igreja, Água D’Alto
- Vila Franca do Campo
- 9680-304
- Horário
- Dom-Qui 06.00-22.00/ Sex-Sáb 06.00-00.00
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