Viraram o edifício do avesso, mas nada. “Sabemos que a família se chamava Robert e deixou a França, nos anos 20, para vir abrir uma perfumaria em Lisboa. Na cave funcionava a fábrica e tinham também uma loja no Chiado onde vendiam os produtos. A marca dos perfumes foi o único elemento que ficou por descobrir”, explica Liliana Ferreirinha, a responsável pela comunicação do restaurante, bar e terraço do hotel Monte Belvedere.
Em cima das mesas, com flores, estão os frascos de perfume dessa época. “Este prédio tem uma história muito rica. Esta família francesa acolheu muitos judeus fugidos durante a II Guerra Mundial”, explica Liliana. O último piso do hotel (que até Maio funcionou como guesthouse) tem uma vista privilegiada sobre o Tejo e sobre os barcos que por ele passam.
Sentadas à mesa, as pessoas convivem em redor dos petiscos. O lombinho de porco em ginja (11,50€) – “feito com ginja artesanal, menos alcoólica e mais frutada”, diz-nos – é um dos pratos mais pedidos. Mas há ainda chamuças de bacalhau e açafrão com molho de iogurte e coentros (9€), tábuas de enchidos nacionais (7,50€), e tábuas de queijos com compota da Madame (11,50€), entre outras coisas.
“O Madame Petisca é um local de partilha, onde as pessoas se podem encontrar ao final do dia para conversar, comer uns petiscos e beber um copo ou um cocktail”, diz Liliana.