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Com o Queer Lisboa quase a começar (acontece entre sexta, 15 de Setembro, e sábado, 23 de Setembro) fomos buscar algumas coisas que provavelmente não sabe sobre o primeiro festival de cinema da cidade.
- Nem sempre se chamou Queer. Até à 11.ª edição foi Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa. Depois surgiu a necessidade de um nome “mais abrangente”, diz o director do festival, de acordo com a programação.
- Foi o primeiro festival de cinema da cidade e há 20 anos que acontece sempre em Setembro.
- A primeira edição, em 1997, distribuiu-se por três espaços: o Padrão dos Descobrimentos, a Videoteca de Lisboa e a Cinemateca. Em 2007 assentou arraiais no Cinema São Jorge.
- As sessões do festival sempre foram bastante populares desde o início. Em 2001, na quinta edição, houve uma concorrida retrospectiva Pedro Almodóvar e ciclos François Ozon e Bruce LaBruce, este último presente.
- A convidada que mais marcou João Ferreira, director do festival, foi a actriz espanhola Antonia San Juan (a Agrado de “Tudo Sobre a Minha Mãe”, de Almodóvar), que veio ao Queer em 2010. “Talvez pela simpatia e pelo carisma.”
- O Fantasma, de João Pedro Rodrigues, estreou em Portugal na 4.ª edição do festival, em 2000, no Fórum Lisboa. “Foi uma loucura de gente a querer ver o filme”, recorda João Ferreira. “Estava esgotado e na altura era sempre obrigatório ter a presença de bombeiros na sala. Lá conseguimos que autorizassem que as pessoas se sentassem nas laterais, no chão. Entraram 900 ou mil pessoas.”
- Nos primeiros anos de festival “havia pouca coisa a acontecer em Lisboa, não havia muitas festas queer”, conta João Ferreira. Daí que houvesse “muita curiosidade” com as festas do festival, depois das sessões.
- Em 2014, o festival comemorou “a maioridade simbólica”, como lhe chamam, com o lançamento de um livro, Cinema e Cultura Queer, com um capítulo dedicado ao cinema gay português da década de 70, outro sobre John Waters e textos sobre filmes escritos ao longo das várias edições.
- A média nos últimos tempos tem sido de 18 mil espectadores por edição.
- O pato é o símbolo do festival