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A resposta é sim, claro que sim. Parece que o desempenho da capital é aceitável, pelo menos a julgar pela nova aplicação que permite medir a excelência do ar que respiramos em tempo real, em todo o mundo. No caso de Lisboa, o Índice de Qualidade do Ar (IQA) está nos 45%, um valor de poluição considerado baixo, ainda assim perigoso.
A AirView, assim se chama a aplicação, foi criada pela empresa sueca BlueAir, especializada na purificação do ar, e utiliza estações de monitorização locais para determinar o IQA, utilizado por agências governamentais em todo o mundo.
Em Lisboa, na Avenida da Liberdade, uma das zonas mais poluídas da capital, a qualidade do ar é “boa”, analisa a aplicação, apesar das partículas de pó, pólens, ozono ou hidrocarbonetos. Estas são microscópicas e dentro dos limites, mas tóxicas — de acordo com a Agência Europeia do Ambiente, estas elevadas concentrações de partículas finas podem originar ou agravar doenças respiratórias cardiovasculares e causam milhares de mortes prematuras por ano.
Muito pior que nós está a Cidade do México, onde o Índice de Qualidade do Ar está nos perigosos e pouco saudáveis 144%, ou Londres, onde o IQA na hipermovimentada Oxford Street atinge os 89%, correspondente a um nível de poluição "moderado". Mas há também quem faça melhor figura: os vizinhos espanhóis estão nos 33% de poluição e os nova-iorquinos que se passeiam pela Quinta Avenida respiram 41% de poluição.
Associada à aplicação, que está disponível gratuitamente para iOS, está ainda uma petição para a criação de um Dia Mundial do Ar.