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Foi em 2011 que Teresa Ferreira entrou pela primeira vez na ModaLisboa como membro da equipa. Começou pelo sitting da imprensa internacional e agora coordena o gabinete da mesma área. Se lhe pudéssemos atribuir outro nome diríamos que é uma espécie de babysitter dos jornalistas estrangeiros, que acabam por vestir a pele de turistas mais vezes do que a equipa da ModaLisboa gostaria.
“A parte mais complicada é controlar todos os jornalistas internacionais. São imensos e vêm de todos os cantos do mundo descobrir a nossa cidade e a nossa indústria da moda”, desabafa Teresa, durante a conversa rápida que teve com a Time Out depois de ter vindo de um backstage agitado.
A imprensa internacional é presença assídua nas várias edições, e nesta 49.ª não é excepção. Mas controlar um batalhão de jornalistas que chega de fresco à cidade, encaminhá-los e mantê-los debaixo de olho não é fácil. “Precisamos muito do retorno internacional, daquilo que eles escrevem e publicam sobre nós, sobretudo sobre os nossos designers. A imprensa internacional é uma peça chave deste cenário”, conta. “Temos de garantir que eles se sentam na primeira fila para verem bem, fotografarem e tudo isso que importa”.
Mas se dentro deste ecossistema que é a ModaLisboa parece tudo controlado, o pior é quando os jornalistas do mundo decidem vestir a pele de turista, e esquecem que a passerelle existe.
“Temos imenso sol em Lisboa e, ano após ano, já sabemos que quando acaba o desfile eles fogem para todo o lado e é aí que começa a correria, sempre atrás deles”, diz. “Quando a ModaLisboa era no Pátio da Galé por imensas vezes aconteceu eles fugirem para a rua e perdiam-se pela cidae. Chegámos a apanhá-los no Bairro Alto assim para o final da tarde”. Outros iam parar a Cascais, porque o delírio pelas praias lusas falava mais alto que os looks que desfilam nas passerelles. “Há imensas histórias assim mais caricatas. Ficam apaixonados por Lisboa e, se está bom tempo, é logo motivo para se porem na alheta para outro lado qualquer. Esquecem-se completamente do propósito de terem vindo cá. Na hora em que isso acontece é sempre um stress enorme, mas depois quando contamos estas histórias acabam sempre por ter piada”.
Além de coordenar esta equipa de imprensa, Teresa está à procura de uma oportunidade para se dedicar à sua grande paixão. Formada em design de moda, esteve este último ano em Florença, no Polimoda International Institute Fashion Design & Marketing, de onde veio com um mestrado em Fashion Brand Management. Tudo isto junto dá uma bela receita que culmina na vontade de Teresa em trabalhar como directora artística ou em comunicação - como o que faz agora -, mas sempre com a moda como pano de fundo.
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