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Talvez o nome Henrique Sommer não lhe seja estranho. O empresário milionário, que fundou a Companhia de Cimentos de Leiria em 1920, morreu sem filhos e a sua herança motivou um dos mais polémicos casos judiciais de sempre em Portugal e uma guerra familiar que dura até aos dias de hoje: a dos Champalimaud.
Mas essa escandaleira agora não interessa nada. O que interessa é que a luxuosa residência do senhor Sommer em Cascais, construída no final do século XIX e ao abandono há décadas, foi totalmente recuperada pela Câmara e é, a partir de hoje, morada da nova sede do Arquivo Histórico Municipal (o segundo maior arquivo do país). Junta-se assim ao animado Bairro dos Museus, com vizinhos de luxo como a Casa das Histórias de Paula Rego, o Centro Cultural de Cascais, o Museu do Mar, o Farol de Santa Marta, o World Press Cartoon, o Parque Marechal Carmona ou Museu dos Condes de Castro Guimarães.
O projecto da arquitecta do Porto Paula Santos fez com que a área total da Casa Sommer, incluindo as cocheiras, crescesse de 824 metros quadrados para 1254. Lá dentro vive agora a livraria municipal, uma sala de consulta pública e três pisos de exposição onde é possível ver tesourinhos antigos e valiosos como o Foral da Vila, de 1514, uma gravura de um barco assinada pelo Rei D. Carlos e um relógio de 1900 doado pela Eastern Telegrah Company.
Todos os dias 09.00-17.00. Entrada livre