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Ricky Martin regressa a Lisboa para um concerto hoje à noite. Recordamos o coming out do cantor latino
“O Ricky Martin está para Porto Rico como o Ronaldo está para Portugal.” A frase ouve-se em vésperas de concerto do ídolo latino em Lisboa, depois de ter sido adiado o mês passado e remarcado para 9 de Junho com a promessa de que seria “ainda mais caliente, vibrante e frenético”. Outra coisa não esperaríamos da estrela porto-riquenha, um dos artistas latinos com mais discos vendidos de sempre – perto de 85 milhões.
Ricky Martin, agora com 45 anos e com uma fundação com o seu nome contra o tráfico infantil, vem ao MEO Arena, onde há 10 anos se estreou pela primeira vez em Lisboa. Na altura, a sala ainda se chamava Pavilhão Atlântico e o cantor, pai de gémeos em 2008 (barriga de aluguer), ainda não tinha saído do armário. O coming out deu-se em 2010 no seu site oficial, depois de muito se especular sobre a sua sexualidade. Embora fosse um acontecimento marcante, não foi “de todo uma surpresa” nos Estados Unidos, lê-se num artigo do The New York Times publicado alguns meses depois e com o nome “Coming Out: When Love Dares Speak, and Nobody Listen”.
No ano em que também lançou a sua autobiografia, Me (não foi traduzida para portugês), anunciou ser “um homem homossexual com sorte”. “Escrever isto é um passo sólido para a minha paz interior e parte vital da minha evolução”, escreveu. “Sou muito abençoado por ser quem sou.”
O concerto da próxima sexta faz parte de uma digressão mundial que surgiu depois do single Vente Pa’ Ca, com o colombiano Maluma, e um dos grandes hits latinos do ano passado, com mais de 950 milhões de visualizações no YouTube.
No palco esperam-se 26 pessoas e uma festa que não deixará de lado êxitos como “Maria”, “She Bangs” ou “Livin’ la Vida Loca”.
Hoje, 21.00, Meo Arena. Bilhetes a partir de 45€ (plateia em pé)