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Uma exposição que junta Paula Rego, Graça Morais, Cruzeiro Seixas e Mário Cesariny, como se de uma reunião da contemporaneidade artística se tratasse. A Galeria Millennium é o palco de “A Partir do Surrealismo”.
“A Partir do Surrealismo”, com curadoria de Raquel Henriques da Silva, apresenta a obra de oito artistas: Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny, António Dacosta, Carlos Calvet, Marcelino Vespeira, Eduardo Luiz, Paula Rego e Graça Morais, através de obras que fazem parte da Colecção Millennium bcp. Esta mostra funde-se, no entanto, no tempo e no espaço com uma outra “(Land)scaping Normative Thinking”, do pintor Rui Macedo, que intervenciona as obras da primeira. Mas vamos por partes.
Apesar de apenas Cruzeiro Seixas, Cesariny, Calvet e Dacosta pertencerem ao movimento surrealista, todos os artistas desta exposição pintam a realidade de forma transfigurada como se essa realidade bebesse dos sonhos e do imaginário.
A exposição dos oito artistas reparte-se pelos três pisos da galeria, sempre interceptada pela exposição/instalação site-specific de Rui Macedo. Como? Através de uma espécie de intromissão na obra de arte alheia, mas com uma complementariedade sem igual.
A ideia é simples e fácil de perceber quando se visita o espaço. “Mirado e apropriado o espaço, Rui construiu a sua narrativa: o que havia ali era uma exposição sua, um conjunto vasto de obras, ocupando todo o espaço”, descreve Raquel Henriques da Silva em comunicado. “Chegou depois a exposição da Colecção Millennium que se sobrepôs à sua, ocupando o espaço que era dela.” Rui Macedo deixou assim a sua obra repartida (como pode ver na imagem acima), como que a proteger as obras da exposição "A Partir do Surrealismo".
No dia 21 de Outubro, às 16.00, há uma visita orientada pela curadora, Raquel Henriques da Silva.
Galeria Millennium. Rua Augusta, 96. Seg-Sáb 10.00-18.00 até 6 de Janeiro. Entrada livre.
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