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Fomos a Munique conhecer a empresa e o modo de operação da DriveNow, novo carsharing que chega a Lisboa no próximo dia 12. Entenda este texto como uma espécie de Cowspiracy e comece a pensar em vender o seu carro.
Descarregar a app, fazer o registo, reservar um veículo disponível perto da zona onde se encontra, desbloquear o carro através da app, conduzir até ao seu destino, estacionar o carro, bloquear o carro. Pedimos desculpa pelo arranque enfadonho desta prosa, mas nada como ir directo ao assunto: estes são os passos que vai ter que cumprir para utilizar a DriveNow, o novo serviço de carsharing que se vai estrear em Lisboa no dia 12 de Setembro.
O serviço nasceu na Alemanha em 2011, tornou-se um caso sério de sucesso por lá, e agora vem crescer para Portugal. Consigo traz uma frota de 211 carros das marcas BMW e Mini, incluindo veículos eléctricos.
Percorrer as ruas de Munique é o melhor cartão de visita para a DriveNow. Na zona central da cidade bávara, não andamos mais de dois minutos sem vislumbrarmos um carro com o logo da empresa. O apelo do serviço é lógico: para cada um, reduzir custos de manutenção e as chatices com carro próprio; para a cidade, reduzir o número de carros em circulação, facilitar a mobilidade e o estacionamento.
Não vá o diabo tecê-las, a DriveNow vai já avisando que não pretende abrir guerra com taxistas. “Não queremos substituir os transportes públicos ou os táxis, queremos complementá-los. Acreditamos que quanto mais opções o utilizador tiver para ir de A a B, melhor. Nunca tivemos problemas com empresas de táxis. Eles percebem que não estamos a canibalizá-los, estamos a dar mais opções às pessoas, não somos concorrência”, garante Sebastian Hofelich, CEO da empresa.
Como é que isto funciona afinal?
Vamos ao lado prático da coisa. Depois de aterrarmos no aeroporto de Munique, dirigimo-nos para o parque de estacionamento onde a DriveNow tem um hub para os seus carros eléctricos (BMW i3) e vários outros automóveis da sua frota. E aí, como em qualquer viagem de imprensa com vários jornalistas, começou por se discutir quem é que ia conduzir primeiro. Cavalheiros que somos, cedemos a vez. Mais: apoiamos um colega que quis tirar a capota a uma BMW série 2 e conduzir do aeroporto até à base de operação da DriveNow, no centro de Munique.
De facto, a sensação que dá é que estamos perante um conceito vencedor. A app, como é costume nos arranques, pode ter alguns solavancos, sobretudo quando a internet não está no seu máximo. Esperemos que faça a rodagem rapidamente. O que é certo é que tudo funciona de forma bastante intuitiva, desde o desbloqueio do carro à condução.
A DriveNow não vai estar disponível de uma ponta à outra de Lisboa. Em todas as cidades há uma business area que define os limites até onde o carro pode ir. Em Lisboa, a área de operação inicial cobre 48 quilómetros quadrados, assegurando serviço nas suas zonas mais movimentadas e mais procuradas.
Se tentar estacionar fora dessa zona não vai conseguir bloquear o carro. Dentro da zona é onde quiser, desde que seja um lugar de estacionamento legal, ok? Pronto. Depois, fora dela, só através de pontos definidos pela DriveNow. No caso de Munique, o aeroporto, por exemplo, está fora da business area, mas é um ponto de interesse abrangido pela aplicação. Também o Aeroporto Humberto Delgado, garantem-nos, estará em breve coberto pela aplicação.
Então e quanto custa?
Ora bem, a campanha de pré-lançamento já está a decorrer. Nesta fase, é possível fazer o registo gratuito, com a oferta de 20 minutos de utilização e um custo de 29 cêntimos por minuto (em Munique fica a 30 cêntimos, que aquilo é gente mais abonada). Contas feitas, isto significa que uma viagem entre o Marquês de Pombal e o Aeroporto é coisa para custar entre 4 e 6 euros, do Saldanha a Belém entre 5 e 7 euros, de Alvalade ao Martim Moniz 4 a 5 euros.
A utilização do serviço está suportada na app DriveNow, que é gratuita e está disponível nas lojas Google Play e iTunes. Os clientes Via Verde beneficiam de uma solução integrada para o registo e o pagamento do serviço.
A Time Out Lisboa viajou até Munique a convite da DriveNow.