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Mayte Carreño, diretora comercial da Michelin Travel Partner Espanha Portugal, falou em ano de consolidação há dias, mas parece ter sido essencialmente um ano de acalmia. Depois das nove estrelas Michelin que caíram há um ano em Portugal, o guia deu este ano duas: ao Vista, chefiado por João Oliveira em Portimão, e ao Gusto, de Chef Heinz Beck e Daniele Pirillo, em Almancil. Em Lisboa, tudo na mesma.
O anúncio d'O Guia Michelin Portugal e Espanha 2018 foi feito em Tenerife, esta quarta-feira à noite, e ainda não foi desta que Portugal ganhou o seu primeiro três estrelas - para este ano, Carreño já tinha anunciado que haveria na Península Ibérica apenas um novo premiado com o pleno de estrelas. Afinal foram duas, mas não deu para as distribuir pelos dois países. Foram para Cádiz, para o Aponiente, chefiado por Ángel Léon, e para Barcelona, para Abac, de Jordi Cruz.
Deste lado da fronteira, o Belcanto ou o Ocean, no Algarve, que são sempre apostas mais ou menos seguras para as três estrelas, vão ficar à espera do próximo ano. A região mais estrelada do país é aquela que cresce. Sai uma estrela para o Vista, o restaurante do hotel Bela Vista Hotel & SPA – Relais & Châteaux, onde João Oliveira se vira para o produto algarvio e português, com foco na sustentabilidade. À beira da Praia da Rocha, "privilegiamos o produto do nosso mar e os peixes e mariscos do Algarve – sejam os chamados nobres ou comuns - são tratados com um enorme respeito", diz o chef em comunicado de imprensa.
A outra estrela fica em Almancil, onde se pode praticamente almoça, jantar e cear em restaurantes com estrela e ir de uns para os outros a pé. Nesta cidade já tinham estrela o São Gabriel, de Leonel Pereira, e o Henrique Leis, do próprio. O Gusto, chefiado por Heinz Beck e Daniele Pirillo no Conrad Algarve, já estava na calha desde o ano passado e a estrela choveu este ano. Nada a que Beck, o chef alemão com restaurantes entre a Europa e o Dubai, não esteja habituado: tem estrelas em várias das suas cozinhas e o La Pergola, em Roma, é um três estrelas.
Lisboa fica à espera do ano que vem e há motivos (como já havia este ano) para juntar alguns lisboetas à rota - o Midori, de Pedro Almeida em Sintra, era uma das apostas do crítico Alfredo Lacerda, e também se falou da segunda estrela para o Feitoria, de João Rodrigues, ou das tais três estrelas para Avillez, no Belcanto.
1 estrela
Alma (Lisboa, chef Henrique Sá Pessoa)
Antiqvvm (Porto, chef Vítor Matos)
Bon Bon (Carvoeiro, chef Rui Silvestre)
Casa de Chá da Boa Nova (Leça da Palmeira, chef Rui Paula)
Eleven (Lisboa, chef Joachim Koerper)
Feitoria (Lisboa, chef João Rodrigues)
Fortaleza do Guincho (Cascais, chef Miguel Rocha Vieira)
Gusto by Heinz Beck (Almancil, Chef Heinz Beck e Daniele Pirillo) NOVO
Henrique Leis (Almancil, chef Henrique Leis)
LAB by Sergi Arola (Sintra, chefs Sergi Arola e Milton Anes)
L’AND (Montemor-o-Novo, chef Miguel Laffan)
Largo do Paço (Amarante, chef Tiago Bonito)
Loco (Lisboa, chef Alexandre Silva)
Pedro Lemos (Porto, chef Pedro Lemos)
São Gabriel (Almancil, chef Leonel Pereira)
Vista (Portimão, chef João Oliveira) NOVO
William (Funchal, chefs Luís Pestana e Joachim Koerper)
Willie’s (Vilamoura, chef Willie Wurger)
2 estrelas
Belcanto (Lisboa, chef José Avillez)
Il Gallo d’Oro (Funchal, chef Benoît Sinthon)
Ocean (Alporchinhos, chef Hans Neuner)
The Yeatman (Vila Nova de Gaia, chef Ricardo Costa)
Vila Joya (Albufeira, chef Dieter Koschina)
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