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Há um novo festival de música em Linda-a-Velha

Escrito por
Miguel Branco
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Realiza-se quinta e sexta-feira nos Jardins dos Aciprestes, em Linda-a-Velha. A proposta é trazer vida e boa música ao bairro, com um cartaz repleto de bandas emergentes (Savanna, Vaarwell, The Zanibar Aliens, entre outros) e de linguagem rock. 

Quantas vezes, por essas terras fora, um grupo de amigos se junta debaixo de uma árvore? Um banco de jardim, uns em cima, outros em baixo, outros de pé, uma guitarra ou uma coluna ligada a um reprodutor de música, discussão sobre o que vier à baila. A conversa, naquela tarde, entre Tiago Bessa e os elementos da sua banda Jupiturno, foi qualquer coisa como “o que era fixe era virmos aqui tocar”.

Estavam em Linda-a-Velha, nos Jardins dos Aciprestes, onde se encontra a Fundação Marquês de Pombal. Foi precisamente a essa porta que Tiago Bessa bateu, tais eram as unhas e os dentes com que a tal ideia se agarrou à sua cabeça. Daí brotou um festival, com um cartaz de bandas emergentes e com queda para o rock. O Festival dos Aciprestes acontece esta quinta e sexta-feira, no Jardim dos Aciprestes.

Os objectivos inerentes não são difíceis de adivinhar: “Será previsível que num futuro não muito distante, com o aumento exponencial do turismo em Lisboa, os subúrbios ganhem uma nova vida. A entrada de novos residentes e até possivelmente o alastrar dos Bed & Breakfast para estas freguesias mais pequenas, Linda-a-Velha, Carnaxide, Algés, Cruz Quebrada, vai evidenciar uma enorme carência nestas localidades, a falta de serviços e actividades viradas para um target mais jovem. Nesse sentido, pretendemos dinamizar a zona, ao mesmo tempo que incentivamos e abrimos portas para que outros se juntem e tragam novos projectos e ideias”, explica Tiago.

O segundo objectivo, pois claro, é dar espaço a quem menos tem: “Nunca será o nosso foco ter em palco o Rui Veloso, ou o Sam the Kid, queremos trazer novidades ao público, queremos apresentar novas propostas, queremos ser uma rampa de lançamento para novos talentos. Tanto na música, como em qualquer outro campo das artes”, afirma Tiago, piscando o olho a outras edições e a outras manifestações artísticas que querem ter mais presentes, do cinema à fotografia e à dança.

No que ao cartaz diz respeito, há todo um leque de gente com muita vontade, que está próxima, de alguma maneira, de um psicadelismo, na música e na vida. Tudo sob uma estrutura, quase toda, rockeira: The Zanibar Aliens (na imagem), Savanna, Vaarwell, Monday, Cruzes Canhoto, Jupiturno, Bunny O’Williams, Zarco, The Plexus e Pálidos. “A ideia inicial surgiu em torno da nossa banda, que tem um registo rock, alternativo/psicadélico, como tal acabei por ir atrás de bandas que tivessem um registo idêntico. Sendo sempre os interesses das bandas a grande prioridade, optámos por uniformizar o género, para permitir uma comunicação mais fácil entre as bandas e o público presente no evento”, enquadra Tiago Bessa.

E assim se fará a festa. Para o próximo ano... para o próximo ano ainda falta. Logo se vê.

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