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Atrás das portas envidraçadas do mais recente restaurante da zona, aberto em Outubro, em secretismo, há estantes com vinhos portugueses, presuntos em cima do balcão e louças Bordallo Pinheiro presas à parede. Mesmo à entrada, dentro de um aquário, lagostas, lavagantes e alguns camarões agitam-se de forma dolente ao som de “Os Putos”, de Carlos do Carmo, que se ouve baixinho por todo o restaurante. E, mesmo em frente destes, atrás de uma vitrina, queijos italianos e enchidos minhotos convivem harmoniosamente.
Este espaço surgiu no seguimento da nossa garrafeira Alfaia, que foi um dos primeiros espaços em Lisboa a ter vinho a copo. Mas como lá só temos 20 lugares e queríamos um espaço onde as pessoas pudessem petiscar e conviver, decidimos abrir o Aldeia, que aposta sobretudo nos mariscos portugueses”, conta Hilário Prego de Castro, o dono, que começou a pensar neste projecto há cinco anos.
Assim sendo, as ostras – que repousam sobre uma banca de gelo ao lado de sapateiras, mexilhões e grossas postas de bacalhau – vêm do Algarve, tal como as amêijoas. As gambas também são nacionais, bem como muitos dos bivalves que vêm de viveiros de Setúbal e da Lourinhã.
A carta começa, então, com mexilhões em boa cebolada e tomate (11,95€), açordas com lavagante, gambas e recheio de sapateira (22,95€) e cataplanas de marisco (49,95€). Depois, passa para os pratos de bacalhau com broa e espinafres (16,95€) e polvo à lagareiro (12,95€) e daí para os bitoques do lombo (11,95€), pregos e sandes. Termina com pudim Abade de Priscos (4,95€) e mousse de chocolate (4,50€).
Travessa da Queimada, 30 (Bairro Alto). 21 342 0401. Seg-Sáb 12.00-02.00.