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Os 13 episódios de O Justiceiro da Marvel chegam nesta sexta-feira à Netflix e nós já espreitámos a série. É pesada e violenta, mas devora-se em três tempos.
Ele não é um herói e nem sequer era para ter uma série em nome próprio. Foi a forma como chegou e conquistou fãs (e crítica) na segunda temporada de O Demolidor que obrigou a Netflix a repensar a sua estratégia. Ele é Frank Castle, o Justiceiro. O seu poder? Nenhum, a não ser o facto de não falhar a mira. É o melhor a matar. E é por isso que a nova série da Marvel, que chega ao serviço de streaming nesta sexta-feira, é a mais negra e violenta que já vimos.
Não é por acaso que a estreia foi adiada um mês, depois do atentado de Las Vegas, em Outubro. As poucas semelhanças entre a ficção e a vida real eram poucas, mas bastaram: um solitário e um fuzil de precisão.
Frank Castle, interpretado por Jonn Bernthal, é um fantasma em Nova Iorque, apanhado na sua própria vingança. Quando o conhecemos, em 2016, procurava apenas vingar a morte da sua mulher e dos seus dois filhos – não é por acaso que em Nova Iorque todos o apelidam de Justiceiro.
“A nossa intenção não foi criar uma personagem que tenta libertar Hell’s Kitchen dos criminosos. Isso nem sequer é importante para ele. Também não é importante para ele salvar o dia”, como explica o actor nas notas de produção da série. “O seu único objectivo era encontrar quem matou a sua família e vingar-se. Descobrimos nesta série é que ele tem uma missão e que tem um objetivo vital a atingir.” O Demolidor não mora aqui, estamos noutra série completamente diferente, mas com um personagem em comum: Karen Page (Deborah Ann Woll), que ainda há pouco tempo vimos também em Os Defensores.
Frank Castle vê-se metido numa conspiração que envolve até as autoridades americanas, como a Segurança Interna e o FBI. Todos o querem morto, e tudo porque o antigo soldado do exército norte-americano fez parte de uma operação secreta da CIA, que está agora prestes a ser do conhecimento público.
Apesar de violento e cego no que diz respeito às suas acções – quando decide um alvo, não desiste até o matar –, Castle distingue o bem do mal e sabe que há limites em relação a algumas pessoas. Ele é, no fundo, um anti-herói. E foi exactamente por isso, e pela sua história sofrida, que este homem conquistou tudo e todos. Houve fãs que naquela segunda temporada torceram mais pelo Justiceiro do que pelo Demolidor.
Aliás, foi por isso que esta série aconteceu. E ainda bem. Pela vingança de Frank Castle e por Jonn Bernthal, que não desilude em nenhum momento.