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1. Os correios em Portugal comemoram 500 anos em 2020, mas os CTT, sem medo do azar, começaram já a festejar com uma emissão filatélica de quatro selos que reproduz cenas dos seus primórdios. As imagens são da autoria do artista plástico Carlos Barahona Possollo, o autor do retrato oficial de Cavaco Silva.
2. Antes de haver uma coisa chamada correio, as mensagens eram confiadas a viajantes e peregrinos ou, no caso da nobreza e casas reais, a escudeiros que se transformavam em enviados de boas e más novas. A entrega de más notícias deu, aliás, origem à famosa expressão “não matem o mensageiro”. Adivinhará porquê.
3. Entre a descoberta do Caminho Marítimo para a Índia e do Brasil, o reinado de D. Manuel I foi marcado, por arrasto, pelo primeiro serviço postal oficial português. Em 1520 o rei publicou a Carta Régia que fundava o ofício de Correio-Mor. Qualquer cidadão podia usufruir do Correio-Mor, mas até ao século XVII era usado principalmente pela casa real, nobreza e homens de negócios. A gestão deste serviço, feito a pé ou a cavalo, foi entregue ao seu cavaleiro Luís Homem.
4. Até à reforma postal de 1852, o porte era pago pelo remetente. Passa a ser obrigatório o selo, e os primeiros são da autoria de Borja Freire, gravador na Casa da Moeda de Lisboa. Todos tinham a efígie de D. Maria II e foram impressos nas versões 5, 25, 50 e 100 réis.
5. Entre os mais de 400 carteiros de Lisboa, o mais velho tem 66 anos. Mas no Centro de Produção e Logística do Sul, em Cabo Ruivo, há um trabalhador com 67 anos.
6. O email substituiu as cartas, mas ainda não dá para tudo. Todos os anos os CTT distribuem mais de 800 milhões de objectos.