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O filho dos restaurantes mexicanos Las Ficheras e Mez Cais nasceu na Lx Factory: é um Mez Cais 2.0, com novos pratos e um ringue de lucha libre no meio da sala.
Não tem lucha libre ao vivo (ainda), mas é possível que tenha de andar à luta para conseguir um lugar privilegiado na mesa de oito lugares que está no meio da sala. António Durão, Luís Roquette e Manuel Bonneville, amigos de longa data, pegaram no conceito de taqueria mexicana do Mez Cais, aberto no Largo de São Paulo no Cais do Sodré há um ano, e levaram-no para a Lx Factory, noutra ponta da cidade. Tem o know how do chef Akis Konstantinidis, o grego radicado em Portugal e responsável pelo Las Ficheras, Can the Can e Atari Baby, e Paulo Alves como chef executivo.
O trio, dois especialistas em gestão hoteleira e um em advocacia e râguebi, pegou na estrutura existente nos outros dois restaurantes mexicanos e acrescentou novidades: o menu é semelhante, mas 50% dos pratos são novos, até porque o chef Paulo Alves acaba de vir de uma viagem ao México cheio de ideias. Decidiram apostar em ceviches – há três, um bem picante com peixe do dia marinado em citrinos, com pimentos vermelhos e maracujá (14€), outro de camarão marinado em citrinos com cebola roxa e pickle de cerejas (10,10€) e um de atum fresco temperado com molho cítrico, abacate e agridoce de chile guajillo (10,10€). Há também novos tacos, como o de caranguejo de casca mole em cama de quinotto de abacate (10,80€), e enchiladas.
No campo das sobremesas também há novidades, como o pudim flan de queijo de cabra servido com crocante de caramelo e groselhas (3,50€) ou os minichurros caseiros com açúcar e canela e molho de doce de leite, goiaba ou geleia de hibisco à escolha (3,50€).
Tal como o outro Mez Cais, aqui também se diz buenos dias com huevos divorciados (ovos estrelados sobre tortilhas de milho com puré de feijão, salsa verde e salsa roja), Benedict ou revueltos. E pode tomar este pequeno-almoço mexicano a qualquer hora, qualquer dia. O restaurante está aberto 365 dias por ano.
E, voltando ao início, pode comer isto tudo sentadinho sossegado na sua mesa, com vista para a cozinha ou para o bar, onde também há cinco lugares ao balcão, ou na menina dos olhos dos donos, a tal mesa de oito pessoas dentro de um ringue. Era para ser a mesa do DJ, mas ocupava um espaço tão grande e central que passou a ser a mesa dos grupos. “Este espaço conta uma história, a dos luchadores mexicanos”, diz António, apontando também para as máscaras em destaque por cima do balcão.
Na esplanada há um mural do street artist João Prim (mais conhecido pelo nome artístico Dish) com caveiras mexicanas, que, claro, já está em todas as fotos da Lx Factory.
Rua Rodrigues Faria, 103, Edifício H 0.09A. 21 362 0533. Dom-Qui 10.00-02.00. Sex-Sáb 10.00-04.00.