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Não seja quadrado: leia a História do Sexo em quadradinhos

Escrito por
João Morales
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A evolução da forma como encaramos a sexualidade está intimamente relacionada com a própria transformação das mentalidades e da organização social. Recuando ao homem das cavernas e antevendo o século que ainda agora começou, este trabalho do psiquiatra e sexólogo Philippe Brenot com a ilustradora Laetitia Coryn insere-se numa tendência cada vez mais evidente – a utilização da BD para falar sobre História, Política ou Ciência (Cosmicomix ou Democracia, são dois bons exemplos, já publicados entre nós).

Logo no início, o desaparecimento do osso peniano liberta o sexo masculino. Depois, descobrimos a inventora do vibrador (Cleópatra), muitas referências mitológicas (em Roma, na Grécia, mas não só), a importância de Santo Agostinho na moral vigente, os Tribunais da Impotência (século XVI), como subterfúgio para a anulação de casamentos conveniência, as 600 concubinas de Luís XV ou a chegada do bidé aos hábitos de higiene (no Século das Luzes).

Surgem momentos e reflexões inusitadas, frutos de épocas distantes (“Amar a esposa é vergonhoso. A conduta deve ser de marido e não de amante”, proclamava Séneca) e explicações etimológicas: “o crime de Onã não é, pois, a masturbação, mas o coito interrompido, primeiro contraceptivo, cujo inventor é Onã”, de cujo nome deriva o onanismo. Referem-se figuras de rotura – como Casanova, Sade, Éom; Freud, Reich, Kingsey ou George Sand. E da próxima vez que ouvir falar sobre a beleza da Capela Sistina, explique, com malícia, que o Papa Sisto IV adquiriu uma Casa de Passe para melhorar as contas do Vaticano e construir o monumento.

História do Sexo

Philippe Brenot (texto) e Laeticia Coryn (desenhos)

Gradiva

208 págs

22.00€

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