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O fascinante regresso de Super Mario

Luís Filipe Rodrigues
Editor
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O novo Super Mario Odyssey não desilude. Estamos fascinado com o inventivo regresso da mascote da Nintendo às plataformas em mundo aberto. Numa Switch perto de si.

O salto. Na maior parte dos jogos de plataformas de Mario, a mascote da Nintendo, é aos saltos que interagimos com o mundo: saltamos para apanhar moedas, saltamos para partir blocos, saltamos para matar os inimigos. Há sempre excepcões, e até houve um ou outro lançamento do género em que o salto se tornou quase secundário, mas talvez nunca tanto como no novo Super Mario Odyssey.

Mecanicamente pelo menos, desta vez, o protagonismo pertence a Cappy, um chapéu fantasmagórico que se aliou a Mario e pode ser usado para possuir inimigos, apanhar moedas, interagir com objectos ou mesmo prolongar os saltos – que continuam a ser importantes, obviamente. A sua introdução é uma pequena revolução na série, abrindo novas possibilidades e mudando o ritmo do jogo.

Além disso, a arquitectura dos níveis é mais aberta e expansiva do que nunca. Apesar de haver objectivos bem demarcados, há uma sensação de liberdade que é transversal a tudo e semelhante em parte à que se verificava em The Legend of Zelda: Breath of the Wild, o outro clássico da Nintendo revigorado este ano. Os níveis são pequenos parques de diversões onde o jogador pode fazer o que quer, artística e tematicamente diferentes entre si. Num momento estamos num deserto inspirado no dia dos mortos mexicanos; no outro saltamos pelos arranha-céus de uma espécie de Nova Iorque.

Chegar ao fim de cada mundo, e do próprio jogo, é rápido (passa-se bem em dez horas), mas descobrir todos os segredos demora muito mais tempo. E não é uma seca, ao contrário do que acontece muitas vezes noutras aventuras em mundo aberto. Pelo contrário, é recompensador e tão divertido como o resto. Até porque a história é no mínimo irrelevante (e estamos a ser simpáticos), como de costume. Não faz mal.

Super Mario Odyssey é o primeiro jogo Mario feita propositadamente para a Nintendo Switch (Mario Kart 8 Deluxe saiu originalmente na Wii U; Mario + Rabbids: Kingdom Battle foi desenvolvido pela Ubisoft) e é uma estreia prodigiosa. Está bem que história é fraca e do ponto de vista técnico não é tão ambicioso como os outros grandes lançamentos agendados até ao fim do ano, mas é fascinante e imaginativo como poucos videojogos. Olha para o futuro, mas nunca esquece o seu passado. E nem um segundo passado com ele é tempo perdido. Muito antes pelo contrário.

Plataformas à antiga

Super Mario Odyssey reconhece e celebra o legado da série. Muitas citações são subtis e de olhos postos no futuro, mas outras são mais descaradas. É o caso das sequências de plataformas em 2D que se repetem em vários níveis, uma homenagem nostálgica aos jogos de antanho.

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