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O realizador português assume a nova temporada de videoarte do Rio Maravilha, transfigurando-lhe a paisagem. Três obras do artista que passou por Serralves, no Porto, para descobrir a partir de quinta-feira no restaurante da LX Factory
Edgar Pêra é um dos grandes nomes do cinema nacional. É um dos realizadores que mais gosto (e trabalho feito) tem numa lógica de experimentação, de cruzamento de suportes e estéticas novas e antigas, do super 8 ao 3D. A partir do final desta semana, traz três obras para o Rio Maravilha, que lhe troca as voltas e a decoração. Para melhor, pois claro.
Cine-diários do Homem-Kâmara (2D e 3D) Vol.23: Maravilha Mix (sim, o nome da obra é esta) é uma compilação de pequenos vídeos, em diferentes formatos, filmados por Pêra entre 1985 e 2017. Uma espécie de cine-diários de vários pontos do globo, explorando a noção de arquivo em longa-metragem.
Video-abstrações Super Pop (2D) trata-se de um filme rodado em super 8 e, mais tarde, pintado e riscado diretamente na película. Ainda que contenha elementos figurativos, as cores foram alvo de intervenção para que a sua linguagem estética se aproxime da abstracção.
E assim como a música tem supergrupos, artistas de várias bandas (ou a solo) que se unem para um projecto onde convergem todas as suas ideias, o Projekto Atlântida (3D) – Kolektivo Neurolab junta gente da área do 3D e do cinema virtual. Cláudio Vasques, Edgar Pêra, Ana Soares e Diogo Ferreira uniram-se para a sua primeira obra de video-instalação 3D.